Depois da greve geral, centrais sindicais prometem ocupar Brasília contra reformas de Temer

Escrito en MOVIMENTOS el
Com o adiamento da votação da reforma da Previdência no Senado, centrais e movimentos sociais definiram o calendário de mobilizações contra as medidas do atual governo. Atos e ocupações começam já nesta quarta-feira (17) na capital federal Por Redação Após mais de 30 milhões de trabalhadores terem cruzado os braços na greve geral de 28 de abril, centrais sindicais e movimentos sociais preparam, para o mês de maio, uma agenda de mobilizações em Brasília (DF) contra as reformas propostas pelo governo Michel Temer. Nesta quarta-feira (17), a Central Única dos Trabalhadores (CUT) fará um mutirão de visitas aos gabinetes dos senadores que em breve votarão a reforma da Previdência. A ideia é fazer pressão para que os parlamentares votem contra a proposta que aumenta o tempo de contribuição e a idade mínima para se aposentar. Além das visitas aos gabinetes, as centrais convocaram caravanas de trabalhadores de todo o país para ocupar a capital federal e fazer atos contra as reformas. No dia 24, está prevista uma grande marcha na capital federal. “A Greve Geral do último dia 28 mostrou que a informação está chegando à população que está participando de todas as atividades convocadas. E assim como fizemos a maior Greve Geral da história, também faremos a maior manifestação que Brasília já viu”, afirmou o secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre. A CUT garantiu ainda que, mesmo se a pressão e a marcha do dia 24 não surtir um efeito entre os senadores, organizará "um movimento ainda mais forte" no dia 28 de abril. Confira abaixo a nota das centrais sindicais sobre a mobilização em Brasília. CONTINUAR E AMPLIAR A MOBILIZAÇÃO CONTRA A RETIRADA DE DIREITOS! As Centrais Sindicais, reunidas na tarde do dia 4 de maio, avaliaram a Greve Geral do dia 28 de abril como a maior mobilização da classe trabalhadora brasileira. Os trabalhadores demonstraram sua disposição em combater o desmonte da Previdência social, dos Direitos trabalhistas e das Organizações sindicais de trabalhadores.  A forte paralisação teve adesão nas fábricas, escolas, órgãos públicos, bancos, transportes urbanos, portos e outros setores da economia e teve o apoio de entidades da sociedade civil como a CNBB, a OAB, o Ministério Público do Trabalho, associações de magistrados e advogados trabalhistas, além do enorme apoio e simpatia da população, desde as grandes capitais até pequenas cidades do interior. As Centrais Sindicais também reafirmaram sua disposição de luta em defesa dos direitos e definiram um calendário para continuidade e ampliação das mobilizações. CALENDÁRIO DE LUTA ? Comitiva permanente de dirigentes sindicais no Congresso Nacional para pressionar os deputados e senadores e também atividades em suas bases eleitorais para que votem contra a retirada de direitos; ? Atividades na base sindicais e nas ruas para continuar e aprofundar o debate com os trabalhadores e a população, sobre os efeitos negativos para a toda sociedade e para o desenvolvimento econômico e social brasileiro. Do dia 15 ao dia 19 de maio: ? Ocupa Brasília: conclamamos toda a sociedade brasileira, as diversas categorias de trabalhadores do campo e da cidade, os movimentos sociais e de cultura, a ocuparem Brasília para reiterar que a população brasileira é frontalmente contra a aprovação da Reforma da previdência, da Reforma Trabalhista e de toda e qualquer retirada de direitos; ? Marcha para Brasília: em conjunto com as organizações sindicais e sociais de todo o país, realizar uma grande manifestação em Brasília contra a retirada de direitos. Se isso ainda não bastar, as Centrais Sindicais assumem o compromisso de organizar um movimento ainda mais forte do que foi o 28 de abril. Por fim, as Centrais Sindicais aqui reunidas convocam todos os Sindicatos de trabalhadores do Brasil para mobilizarem suas categorias para esse calendário de lutas. CGTB – Central Geral dos Trabalhadores do Brasil CSB – Central dos Sindicatos Brasileiros CSP Conlutas – Central Sindical e Popular CTB – Central dos Trabalhadores e das Trabalhadoras do Brasil CUT – Central Única dos Trabalhares Força Sindical Intersindical – Central da Classe Trabalhadora NCST – Nova Central Sindical de Trabalhadores UGT – União Geral dos Trabalhadores