Deputados bolsonaristas do PSL entram na justiça para saírem do partido sem perder mandatos

Parlamentares do PSL aliados de Jair Bolsonaro buscam desfiliação sem perda de mandato justificando "graves discriminações político-pessoais por parte da direção nacional do PSL”

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Nessa terça-feira (17), 26 deputados autointitulados "bolsonaristas" do Partido Social Liberal (PSL), entraram com ação declaratória de justa causa para desfiliação do partido sem a perda de seus mandatos. O racha dentro do partido de Jair Bolsonaro se extende há meses, quando o Palácio do Planalto entrou em uma queda de braço com a alta cúpula pesselista pela liderança da legenda na Câmara dos Deputados, antagonizando, em especial, o presidente do partido e deputado federal Luciano Bivar (PE). Segundo o documento protocolado, os deputados afirmam sofrer "graves discriminações político-pessoais por parte da direção nacional do PSL” e que tais atitudes “ultrapassaram todos os limites de uma convivência harmoniosa partidária, dadas as constantes ofensas à dignidade e à imagem pública dos requeridos”. A ação conjunta dos deputados acontece um dia depois de Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) retomar a liderança do partido na Câmara, em decorrência da decisão do juiz Giordano Resende Costa, da 4ª Vara Cível de Brasília, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJ-DF) de suspender a punição imposta pelo PSL à ala bolsonarista da legenda. Caso os parlamentares que assinaram a ação declaratória tenham sucesso na desfiliação sem perda de mandato, o PSL ficaria com 27 cadeiras na Câmara, caindo da maior bancada na Casa, ao lado do PT, com 53 parlamentares, para o oitavo lugar.