Deputados vão a PGR contra Bolsonaro e Salles por omissão em queimadas na Amazônia

O documento pede que Bolsonaro seja investigado por instigar violência contra indígenas e contra Salles por omissão ao seu dever funcional de ministro ao não adotar medidas efetivas de combate às queimadas e desmatamento na região da Amazônia

Bolsonaro e Ricardo Salles (Reprodução/Twitter)Créditos: Presidência da República
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Deputados federais entraram com uma representação, nesta quarta-feira (11) na Procuradoria Geral da República, solicitando que o presidente Jair Bolsonaro, e o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, sejam investigados por crimes de responsabilidade penal e reparação de danos ambientais, ocorridos nos últimos dias, na região da Amazônia Legal, Pará e Mato Grosso. Assinam o documento o líder da oposição, Alessandro Molon (PSB-RJ), a líder da Minoria, Jandira Feghali (PCdoB-RJ), além do vice-líder da Oposição, Gervásio Maia (PSB-PB). Gervásio justifica a representação em virtude da falta de respostas do Governo Federal sobre a grave situação que acontece na Amazônia. "O que está acontecendo na Amazônia é muito grave. O que estamos pedindo a Procuradoria é que se investigue e caso se detecte a omissão ou negligência para que haja as punições cabíveis”, explicou o parlamentar. Alessandro Molon também ressaltou a importância dessa iniciativa. “Aqui não está em questão se diz respeito à soberania do Brasil ou não. É claro que diz respeito à soberania brasileira, mas essa soberania deve ser usada para proteger esse patrimônio, e não como desculpa para destruí-lo. Por isso, estamos aqui juntos assinando essa iniciativa do deputado Gervásio”, afirmou. Entre as solicitações presentes no documento estão: investigar a responsabilidade do presidente, Jair Bolsonaro, com relação à instigação à violência contra indígenas e incentivo a queimadas e desmatamentos na região da Amazônia Legal, Pará e Mato Grosso, e por parte do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, a representação requer uma investigação por omissão ao seu dever funcional de ministro ao não adotar medidas efetivas de combate às queimadas e desmatamentos na região da Amazônia Legal, Pará e Mato Grosso.