Desemprego mundial atingiu mais de 200 milhões de pessoas em 2013, aponta relatório da OIT

Números divulgados hoje indicam que, se a tendência se mantiver, situação pode piorar dentro de 4 anos

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Números divulgados hoje indicam que, se a tendência se mantiver, situação pode piorar dentro de 4 anos Por Redação [caption id="attachment_40001" align="alignleft" width="300"] Número de desempregados aumentou 5 milhões em 2013 na comparação a 2012 (Foto: OIT)[/caption] Relatório divulgado nesta segunda-feira (20) em Genebra pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) aponta que o desemprego atingiu 202 milhões de pessoas em todo o planeta no ano de 2013, o que representa 6% em nível mundial. A taxa marca um aumento de 5 milhões em relação a 2012. Em sua análise sobre as perspectivas de emprego, o organismo técnico da ONU afirmou que a economia mundial começou a expressar sinais de melhora, mas que o processo é fraco e incerto e não cria oportunidades. Os jovens continuam sendo os principais afetados: 74,5 milhões deles, entre 15 e 24 anos, enfrentaram a falta de trabalho em 2013. O número representa uma alta de aproximadamente um milhão em comparação a 2012. Segundo o diretor-geral da OIT, Guy Rider, se a tendência atual se mantiver, o desemprego mundial pode seguir piorando. As previsões são de que, em um período de quatro anos, 215 milhões de pessoas estejam desempregadas, uma vez que a economia mundial não tem capacidade de atender à demanda do mercado de trabalho: serão apenas 40 milhões de vagas criadas anualmente frente a 42,6 milhões de indivíduos em busca de ocupação formal. A organização constatou, ainda, que o “desânimo” por conta do longo período de desemprego determinou que 23 milhões de pessoas desistissem do mercado de trabalho. Enquanto isso, outras sete milhões, consideradas economicamente inativas, escolheram não trabalhar. De acordo com o relatório, as perspectivas negativas de emprego a longo prazo estão relacionadas à falta de investimentos na economia real, pois o lucro obtido em vários setores é destinado, principalmente, aos mercados de ativos.