Desigualdade: Brasil é o país que mais concentra renda no 1% do topo da pirâmide

Durante governo Lula - e no primeiro mandato de Dilma Rousseff - mais pobres, que representam 50% da população, registraram o maior aumento de renda, de 71,5%, entre as classes sociais. No entanto, desde 2014 essa parcela da população já acumula perda de 17% nos rendimentos

Desigualdade social no Brasil (Wikicommons)
Escrito en BRASIL el
Relatório da Desigualdade Global, da Escola de Economia de Paris, divulgado nesta segunda-feira (19) pela Folha de S.Paulo, revela que o Brasil é o pais de maior fosso social entre ricos e pobres. O Facebook silenciou a Fórum. Censura? Clique aqui e nos ajude a lutar contra isso Segundo o estudo, 1% da população (cerca de 1,4 milhão de pessoas) concentra 28,3% dos rendimentos no país, com média de ganhos de R$ 140 mil por mês. De outro lado, os 50% mais pobres (71,2 milhões de pessoas) ficam com 13,9% - que representa menos da metade do 1% mais rico. Essa parcela tem, em média, ganhos de R$ 1,2 mil mensais. Depois do Brasil e do Qatar, onde o 1% detém 29% da renda, os países que lideram a lista são Chile, Líbano, Emirados Árabes e Iraque. Governos petistas O relatório mostra ainda que durante os governos petistas, entre 2001 e 2015 - com dois mandatos de Lula e um mandato de Dilma Rousseff, que foi derrubada por um golpe em 2016, após reeleição -, os mais pobres tiveram o maior ganho, de 71,5%, em suas rendas. No mesmo período, os mais 10% mais ricos viram sua renda crescer 60% e a classe média - que representa cercade 40% da população - teve aumento de 44% nos rendimentos. Entre 2014 e 2019 - segundo dados da FGV Social, a partir dos microdados da PNADC -, apenas os mais ricos (2,5%) e os muitos ricos (1%), que representam 10% e 1% da população, respectivamente, viram a renda aumentar. Nesse período, a classe média teve redução de 4,2% nos rendimentos, enquanto os 50% mais pobres perderam 17,1% da sua renda.