Dilma, ao NYT: "Eu realmente incomodo os parasitas e vou continuar incomodando"

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Em entrevista ao jornal norte-americano, que coloca Dilma como "uma das únicas políticas brasileiras de peso que não está envolvida em corrupção", presidenta voltou a falar que a tentativa de afastá-la é um golpe de Estado, disse que tem esperanças de voltar e acredita que os fatos recentes que colocam a legitimidade do governo Temer em xeque podem fazer senadores pró-impeachment mudarem de ideia Por Redação Em entrevista ao jornal norte-americano The New York Times, divulgada na terça-feira (7), a presidenta Dilma Rousseff afirmou que tem esperanças de voltar ao Palácio do Planalto e barrar o impeachment. Ao jornal, a petista disse que acredita que senadores favoráveis ao seu afastamento podem mudar de ideia diante de fatos recentes que colocam a legitimidade do governo interino de Michel Temer em xeque. A matéria foi divulgada, inclusive, antes da imprensa brasileira noticiar o pedido da Procuradoria-Geral da República ao Supremo Tribunal Federal (STF) de prisão de cacíques do PMDB, legenda do interino. Na entrevista, Dilma disse ainda que "nunca pensou que chegaria a ver um governo tão conservador como este" e reforçou que o processo de impeachement, como um todo, configura um golpe. "Eles sempre quiseram que eu renunciasse, mas eu não vou. Eu realmente perturbo os parasitas e vou continuar a perturbá-los", disparou. Ao periódico, que classificou Dilma como "uma das únicas políticas brasileiras de peso que não está envolvida com corrupção", a presidenta ainda rebateu críticas daqueles que a culpam pela crise econômica. "A economia estaria em vias de recuperação se o Congresso não tivesse travado as medidas que poderiam restaurar a confiança", pontuou. Confira aqui a matéria na íntegra em espanhol. Foto: Arquivo/Agência Brasil