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Ex-ministro da Justiça e ex-advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo entregou ontem (1) a defesa da presidenta; ele pediu ainda a suspeição de Antonio Anastasia (PMDB-MG), relator da comissão do impeachment no Senado
Por Redação
O ex-ministro da Justiça e ex-advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, pediu nesta quarta-feira (1) ao Senado que as gravações realizadas pelo ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, sejam incluídas no processo de impeachment que tramita na Casa. Cardozo, responsável pela defesa da presidenta Dilma Rousseff, requeriu ainda a suspeição do relator da comissão, senador Antonio Anastasia (PSDB-MG).
Machado gravou conversas com o senador Romero Jucá (PMDB-RR) e com o ex-senador José Sarney (PMDB-AP), que indicavam que a intenção do impeachment seria paralisar as investigações da Operação Lava Jato. A ação da Polícia Federal apura desvios de recursos da Petrobras e tem revelado o envolvimento de figuras importantes da política no esquema.
O documento entregue pela defesa de Dilma possui 372 páginas. O texto afirma que as pedaladas fiscais não configuram crime de responsabilidade e que o processo de impedimento possui “vícios de origem”, já que teria sido aberto por vingança do então presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Nesta quinta-feira (2), a comissão especial do impeachment se reúne para discutir o cronograma de atividades desta etapa do processo, em que os parlamentares decidem se a denúncia contra Dilma é ou não procedente e se deve ou não ser levada a julgamento final.
Foto de capa: Roberto Stuckert Filho