Dilma vetou pessoalmente aliado de Temer envolvido em irregularidades, diz Delcídio

Em sua delação, senador também afirma que desentendimento da presidenta com Eduardo Cunha começou quando ela atacou esquemas de corrupção em Furnas, que teriam a participação de aliados do deputado fluminense

Foto: Antonio Cruz / Agência Brasil
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Em sua delação, senador também afirma que desentendimento da presidenta com Eduardo Cunha começou quando ela atacou esquemas de corrupção em Furnas, que teriam a participação de aliados do deputado fluminense Da Redação Em sua delação, homologada nesta terça-feira (15/03) pelo ministro do STF Teori Zavascki, o senador Delcídio do Amaral (PT-MS) afirmou que a presidenta Dilma Rousseff (PT) “vetou pessoalmente” a ida de um aliado do vice-presidente Michel Temer (PMDB) para a Petrobras porque o afilhado do político participou de irregularidades na empresa durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Segundo Delcídio, João Augusto Henriques era o operador da aquisição ilícita de etanol pela BR Distribuidora entre 1997 e 2001, durante o governo tucano. O depoente classificou o negócio como um dos maiores escândalos ocorridos na empresa. As afirmações são parte dos depoimentos prestados por Delcídio para o Ministério Público Federal no mês passado. Henriques era ligado ao vice-presidente Michel Temer, que, segundo Delcídio, teria tentado emplacar o afilhado político no lugar de Nestor Cerveró, que havia sido demitido por envolvimento nas irregularidades denunciadas pela Operação Lava Jato. O aliado de Temer teria sido vetado “pessoalmente” pela presidenta. O senador também afirmou que os desentendimentos entre Dilma e o atual presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), tiveram início a cerca de quatro anos, porque a presidenta atacou os esquemas de corrupção existentes em Furnas. Cunha teria ficado “contrariado” com o afastamento de seus aliados, substituído por uma “equipe técnica da confiança da presidenta”.