Djokovic: Governo da Austrália deve recusar apelação do tenista

Atleta embarcou com destino ao outro lado do mundo para disputar o Australian Open, sem ter tomado imunizantes e requerendo permissão especial de entrada no país

O tenista sérvio Novak Djokovic (firstsportz.com/Reprodução)
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O governo da Austrália indicou neste domingo (9) que o tenista Novak Djokovic, atualmente o número 1 do mundo, não está vacinado contra a Covid-19 e que, portanto, a apelação apresentada por sua defesa deve ser recusada.

A defesa do tenista sérvio quer reverter o cancelamento de seu visto para que ele possa participar do Australian Open, que começa no próximo dia 17. Djokovic é o atual campeão da disputa.

Neste momento, o tenista, que se recusa a tomar a vacina contra a Covid-19 e defende teses contra os imunizantes, está em um centro de imigração de Melbourne.

Em documento, a procuradoria-geral do governo da Austrália declarou que há um entendimento mútuo entre as partes que o Djokovic "não está vacinado".

Por sua vez, o tenista afirma que foi isento da vacinação quando viajou para a Austrália, na última quarta-feira (5), pois, testou positivo para a Covid-19 em 16 de dezembro de 2021.

Djokovic, negacionista número 1 do tênis

O tenista número 1 do mundo, o sérvio Novak Djokovic, está detido numa sala do serviço de imigração da Austrália, no aeroporto de Melbourne, após embarcar para a nação da Oceania para disputar o Australian Open sem ter recebido as vacinas contra a Covid-19.

Ele teria conseguido uma autorização especial para entrar no país sem apresentar comprovantes de imunização, mas o escândalo do caso aparentemente fez as autoridades australianas voltarem atrás. O atleta é um conhecido e inveterado negacionista, abertamente contrário aos imunizantes que previnem formas graves da doença provocada pelo Sars-Cov-2.

Pelas leis da Austrália, todos os viajantes que chegam ao país, inclusive os jogadores do importante torneio de tênis, assim como suas equipes e outros participantes do campeonato, devem apresentar o comprovante de vacinação para serem liberados no aeroporto.

Os que puderam comprovar algum impedimento de saúde que justifique o não recebimento das doses precisarão ser avaliados por uma junta médica independente. Djokovic conseguiu assim a sua permissão, mas o episódio tornou-se um fuzuê nacional e ele acabou sendo barrado pelos agentes.

Cobrado pela população, o governo australiano foi obrigado a se pronunciar nas redes sociais explicando a tal autorização excepcional concedida ao tenista, que ainda assim não valeu para sua liberação. O tom do texto deixa transparecer a saia justa em que a gestão do primeiro-ministro Scott Morrison se meteu ao ceder às pressões antivacina de Djokovic, num país que tem um dos conjuntos de regras para imunização mais rígidos do mundo.

“Não forneceremos a Novak Djokovic apoio individual na solicitação de visto para participar do grand slam do Australian Open de 2022. Sempre fomos claros em dois pontos: a aprovação de visto é uma questão do governo federal e as isenções médicas são uma questão para médicos”, diz o post, tentando se esquivar da responsabilidade pela regalia que deixou a população local furiosa.

Com informações da Folha de S. Paulo