Dono do avião que morreu Teori recorria de ação no STF por crime ambiental

Objetivo do recurso era paralisar uma ação em que Carlos Alberto Fernandes Filgueiras é acusado de cometer crime ambiental na Ilha das Almas, em Paraty, no Rio de Janeiro, mesmo local que caiu o avião e onde o empresário pretendia construir um hotel. De acordo com moradores, o empresário ia para lá todas as semanas. Da Redação com Informações da CBN Em novembro de 2016, o empresário Carlos Alberto Fernandes Filgueiras - proprietário da aeronave que caiu com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki - recorreu ao STF com o intuito de paralisar uma ação em que é acusado de cometer crime ambiental na Ilha das Almas, em Paraty, no Rio de Janeiro. A informação foi divulgada na noite desta quinta-feira (19) pela "CBN". Segundo a reportagem, o empresário é o dono da ilha para onde o avião seguia. Barqueiros que trabalham na região disseram, na reportagem, que o empresário aparecia todas as semanas no local. De acordo com os trabalhadores, a construção irregular motivou protestos de entidades ambientais nos últimos anos. Ainda conforma a "CBN", o ministro Edson Fachin negou em 13 de dezembro de 2016 o pedido de suspensão da ação feito por Filgueiras. O mesmo recurso já havia sido negado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Segundo o MPF, o empresário fez construções ilícitas em uma Área de Proteção Ambiental (APA) criada em 1983. A região foi comprada em 2002. Em 2007 e em 2008, a Polícia Federal esteve na ilha, e constatou construções irregulares, desmatamento e descaracterização do ecossistema da região. O empresário, fundador do Grupo Emiliano, morreu no mesmo acidente aéreo que matou o ministro Teori Zavascki. O avião, modelo King Air C90, decolou do aeroporto Campo de Marte, em São Paulo às 13h01, e caiu perto da Ilha Rasa, em Paraty, na Costa Verde fluminense, menos de uma hora depois da decolagem.