Durante governo Alckmin, dois brasileiros teriam recebido R$ 24 milhões para favorecer a Siemens

Investigação alemã afirma que ambos trabalhavam para a "manutenção do cartel e fraude contra os cofres" de São Paulo

Mais um caso de propina no governo Alckmin (PSDB) (Foto: Agência Brasil)
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Investigação alemã afirma que ambos trabalhavam para a "manutenção do cartel e fraude contra os cofres" de São Paulo Por Redação [caption id="attachment_28534" align="alignleft" width="300"] Mais um caso de propina no governo Alckmin (PSDB) (Foto: Agência Brasil)[/caption] De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, em sua edição desta quarta-feira (7), a Justiça alemã chegou à conclusão de que a Siemens pagou pelo menos  8 milhões de euros (aproximadamente R$ 24 milhões) a dois brasileiros. A transação faz parte de um esquema de corrupção que foi descoberto em 2010 no país. O periódico afirma ter tido acesso aos documentos do processo na Justiça alemã, que foram entregues à Justiça brasileira. Nas palavras do jornal, "a ação de dois consultores para a manutenção do cartel e a fraude contra os cofres do governo de São Paulo entre 2001 e 2002", aconteceu durante a primeira gestão de Geraldo Alckmin (PSDB). Os dois brasileiros seriam Arthur e Sérgio Teixeira, proprietários das empresas Procint e Constech. Em São Paulo, o Ministério Público abriu 45 inquéritos para investigar possíveis casos de corrupção nas licitações do Metrô e da CPTM. Os documentos mostram que os dois procuraram Everton Rheinemier, executivo da Siemens, pedindo que ele se reunisse com representantes de outras empresas do setor, a Bombardier, Alstom, CAF, Mitsui e Teimonsa. Durante a reunião entre as empresas, ficou acertado que a Siemens venceria os contratos de reforma dos trens S3000. Aos demais concorrentes, concordantes com a tese de favorecimento à multinacional alemã, restou o contrato de fornecimento dos S2100 à CPTM. Intermediários As investigações alemãs concluíram que as offshores Leraway e Gantown serviram de intermediárias para que o pagamento fosse realizado aos dois brasileiros. Ainda de acordo com a investigação, essa prática de se utilizar de offshores como intermediárias é comumente utilizada pela Siemens em todo o mundo, para pagamento de propinas.