Edinho Silva reitera que governo é contra redução da maioridade penal

Depois de Eduardo Cunha ter anunciado que levará a proposta a plenário ainda em junho, o ministro da Secretaria de Comunicação Social reforçou a posição da presidência sobre o assunto: "O governo da presidenta Dilma não acredita que a redução da maioridade penal vá reduzir a criminalidade no Brasil".

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Depois de Eduardo Cunha ter anunciado que levará a proposta a plenário ainda em junho, o ministro da Secretaria de Comunicação Social reforçou a posição da presidência sobre o assunto: "O governo da presidenta Dilma não acredita que a redução da maioridade penal vá reduzir a criminalidade no Brasil"  Por Luana Lourenço, na Agência Brasil O ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Edinho Silva, reforçou hoje (1°) a posição do governo contrária à proposta de mudanças na lei para reduzir a maioridade penal de 18 para 16 anos. No fim de semana, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), anunciou, por uma rede social, que vai levar a proposta de emenda à Constituição que trata do tema ao plenário para votação até o fim de junho. “É um direito que o presidente Eduardo Cunha tem. Como parlamentar, como presidente da Casa, cabe a ele criar a agenda de debates do Legislativo. Nesse sentido, o governo respeita o Poder Legislativo, mas todos sabem que o governo, a presidenta Dilma, tem uma outra posição. O governo da presidenta Dilma não acredita que a redução da maioridade penal vá reduzir a criminalidade no Brasil. Inclusive, países que assumiram posições semelhantes não tiveram redução da criminalidade”, disse o ministro. Em abril, Dilma se manifestou contra a redução da maioridade penal e defendeu mudanças na lei brasileira para ampliar as penas para adultos que aliciam adolescentes para o crime. Edinho Silva reforçou que essa é a prioridade do governo e disse que um grupo de trabalho coordenado pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, está analisando propostas de alteração da legislação para combater a impunidade, entre outros pontos. “O ministro José Eduardo Cardozo está liderando um grupo – hoje, inclusive, a presidenta Dilma pediu para que a Casa Civil coordene um grupo ministerial para que a gente possa, além daquilo que já tem sido pensado e elaborado, pensar outras medidas no sentido de combater a impunidade, de aumentar a pena dos adultos que utilizam os adolescentes para a prática criminosa e outras medidas no sentido de melhorar o ambiente social, que, quando deteriorado, é um ambiente propício que leva o adolescente à criminalidade”, avaliou. Edinho Silva também defendeu o fortalecimento de políticas de inclusão social e educação para reduzir as possibilidades de que adolescentes entrem no crime. Foto: Elza Fiúza/Agência Brasil