Eduardo Bolsonaro faz ataques à Rede Globo e ameaça fechar regime

Dudão repete informação da reportagem da Globo e afirma que o presidente, no dia indicado pela investigação, estaria em Brasília

Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados
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O deputado federal, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), respondeu à denúncia que envolve seu pai, o presidente Jair Bolsonaro (PSL-RJ), na morte da ex-vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Dudão afirmou pelo Twitter, nesta quarta-feira (30) que, se a Globo tivesse um jornalismo investigativo sério não faria ilações, conjecturas que jamais se realizariam. Ele disse ainda que os repórteres da Globo “teriam olhado o Twitter do JB no dia 14/MAR/18. Ou consultado o registro de presença na Câmara. Não dá p crer que a Globo busca a verdade”. Dudão repete informação feita pela reportagem da própria Globo e afirma que o presidente, no dia indicado pela investigação, estaria em Brasília. Entusiasta da tecnologia, no entanto, o clã Bolsonaro deve saber que já há algum tempo alguns aparelhos disponíveis no mercado permitem acesso aos serviços de portaria sem estar em casa – e permitir ou não a entrada de convidados. Em outro tuíte, publicado também nesta quarta-feira, o deputado ameaça com o fechamento do regime a possibilidade de acontecerem manifestações no Brasil como as do Chile. "Acalmar os vândalos" “No Chile o Foro de SP está incendiando metrôs, ônibus, bancos. Pres. Piñera fez concessões. Vocês acham que os black blocs lá pararam? Que nada. O objetivo não é pauta social, é tomar o poder. Uma hora o presidente vai ter que largar o poder para acalmar os vândalos ou encará-los.” Dudão, com este tuíte, estava repetindo depoimento que fez na Câmara dos Deputados. Na noite desta terça-feira, o líder do PSL na Casa declarou que se o povo brasileiro seguir o exemplo dos chilenos, e ocupar as ruas contra o governo, em protestos intensos, a ditadura militar vai se instalar novamente no Brasil. Entenda o caso Informação exclusiva do Jornal Nacional dá conta de que um dos envolvidos no assassinato da vereadora Marielle Franco, morta em 14 de março de 2018, esteve no condomínio do presidente Jair Bolsonaro no dia do homicídio e se registrou como visitante de Bolsonaro. No entanto, o acusado teria visitado o policial militar Ronnie Lessa, apontado como o autor dos disparos que mataram Marielle.