Eduardo Bolsonaro faz lobby pela liberação das armas após morte de família a tiros por briga no trânsito

Em publicação na manhã desta segunda-feira (27), Eduardo Bolsonaro defende a liberação das armas e compartilha entrevista em que diz que "antes do desarmamento, as pessoas não se matavam no trânsito"

Eduardo Bolsonaro, com Filipe Barros e o pai, Jair, durante visita à Índia (Foto: Alan Santos/PR)
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Menos de 12 horas após uma família ser morta a tiros por briga de trânsito no Rio Grande do Sul, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), foi às redes sociais nesta segunda-feira (27) fazer campanha para liberação das armas no Brasil. "Os números indicam: c/menos armas legais a criminalidade no Brasil explodiu. Punir CACs c/burocracias e papéis não faz sentido quando se tem a internet. Além disso, o novo Brasil tem por princípio uma economia aberta e isso inclui as armas", tuitou o deputado, compartilhando uma entrevista que deu à BBC durante viagem, em que acompanha o pai, Jair Bolsonaro, à Índia. Na entrevista, Eduardo Bolsonaro voltou a criticar o "monopólio" da Taurus, principal financiadora da bancada da bala no Congresso, e fazer lobby para indústrias de armamentos de outros países. "Já fui procurado por empresas, entre elas a [alemã] SIG Sauer. Acredito que outras empresas também estão quase certas desse interesse de abrir no Brasil, muito provavelmente [a italiana] Beretta, [a checa] CZ. Inclusive, rumores há pouco tempo atrás, de a empresa do Oriente Médio Caracal abrir uma fábrica em Goiás. Quem é do mundo das armas sabe que esses boatos sempre existem, mas na ponta acabam nunca se concretizando. O caso mais notório é o da europeia Ruag, uma fábrica de munições, que depois de 7 anos tentando abrir a sua fábrica, desistiu de fazê-lo", afirmou. Eduardo Bolsonaro defendeu a maior liberação de armas, dizendo que atualmente "a compra de um armamento segue quase um privilégio para as elites". "O que é melhor? O Brasil desarmado ou os EUA armados? Então acho que podemos aplicar essa medida no Brasil, lembrando que há pouco tempo, antes do desarmamento, as pessoas não se matavam no trânsito e não havia um número grandioso de mortes. Pelo contrário. Havia mais armas e menos mortes", disse ele, comemorando a "redução" da criminalidade no Brasil atual.