Eduardo Cunha e a tal da estabilidade política

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478773-970x600-1 Vou reiterar o que eu penso sobre a questão envolvendo Eduardo Cunha: É um acinte a continuidade dele à frente da Presidência da Câmara Federal no momento atual em que é investigado. É um aciente ele ter divulgadas pela imprensa nacional - inclusive a que não divulga quase nada da oposição - contas milionárias atribuídas a ele na Suiça e sobre as quais não apresentou uma explicação razoável - tendo ele declarado que não possuía contas no exterior, durante uma CPI na mesma Casa que preside. É um insulto ter gente da oposição e da imprensa que ainda o defenda ou se cale quando o momento é de se pedir que ele afaste-se da Presidência da Câmara até o esclarecimento final das denúncias do Procurador Geral da República e deslinde do Inquérito no STF. É um vexame ser ele o responsável por dar início ou não ao Processo de Impeachmeant de uma Presidenta da República que teve mais de 50 milhões de votos em uma eleição democrática e sobre quem não repousa nenhuma investigação, nenhuma denúncia, nenhuma condenação. E, mesmo assim, é absurdo alguém cogitar equiparar a situação dele com a de Dilma, seja biográfica ou politicamente. Da mesma forma que é absurdo alguém em sã consciência cogitar ter que temer que o Cunha faça mais algo contra o Governo e pensar em ceder a ele qualquer coisa, em troca de se manter a estabilidade política. Porque se a estabilidade política no Brasil depender de ter que engolir Eduardo Cunha na Presidência da Câmara, a estabilidade política do Brasil que se dane. Se ele despachar positivamente o pedido de Impeachmeant e der início ao Processo, que a Presidenta se defenda, pois não será o fim do mundo. E se mesmo assim ee ele continuar acusando Dilma Rousseff?, que o deixem falando sozinho. Porque se é absurdo termos Cunha na Presidência da Câmara sem se afastar dela, é mais absurdo ainda negociar com ele, seja no nível que for.