Eficácia da vacina Sputnik V é de 91,4%, diz laboratório russo

A vacina Sputink V apresentou 91,4% de eficácia após a realização da terceira etapa de teste com mais de 20 mil voluntários.

O resultado foi divulgado pelo Centro Nacional de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya, do Ministério da Saúde da Rússia e o Fundo Russo de Investimento Direto.

De acordo com a nota divulgada pelo governo russo, a etapa final do teste permitiu a comprovação final de eficácia da vacina em mais de 90%.

A análise da eficácia da vacina Sputnik V no ponto de controle final foi realizada com base em 78 casos confirmados identificados no grupo do placebo (62 casos) e no grupo da vacina (16 casos). A proporção do grupo placebo para o grupo vacinado é de 1 para 3.

A vacina demonstrou eficácia de 100% contra casos graves de coronavírus. Houve 20 casos graves de infecção por coronavírus entre os casos confirmados no grupo do placebo e nenhum caso grave no grupo da vacina.

Com base nos dados obtidos no terceiro ponto de controle, o Centro Gamaleya irá criar um relatório que será usado para submeter para registro acelerado a vacina Sputnik V em vários países.

Os dados da pesquisa serão publicados pela equipe do Gamaleya Center em uma das principais revistas médicas internacionais revisadas por pares, a saber, a Lancet.

Atualmente, os ensaios clínicos de Fase III estão aprovados e em andamento na Bielo-Rússia, Emirados Árabes Unidos, Venezuela e outros países, bem como de Fase II-III na Índia.

Nenhum evento adverso inesperado foi identificado como parte da pesquisa. Alguns dos vacinados apresentaram eventos adversos menores de curto prazo, como dor no ponto de injeção e sintomas semelhantes aos da gripe, incluindo febre, fraqueza, fadiga e dor de cabeça.

O custo de uma dose é inferior a US$ 10 para os mercados internacionais, enquanto a produção da forma liofilizada (seca) da vacina, que é armazenada a uma temperatura de +2 a +8 graus Celsius, permite uma distribuição mais fácil da vacina nos mercados internacionais.