Eleições 2014 – O jogo jogado e as armas de cada um

Segundo turno repete polarização das últimas disputas, mas cenário é distinto dos anteriores. Confronto de projetos e de passados deve nortear disputa

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Segundo turno repete polarização das últimas disputas, mas cenário é distinto dos anteriores. Confronto de projetos e de passados deve nortear disputa

Por Anna Beatriz Anjos e Glauco Faria, na Fórum Semanal

Ao final da apuração do primeiro turno da eleição presidencial de domingo (5), o desempenho surpreendente de Aécio Neves (PSDB) provocou novas reflexões nas campanhas dos dois candidatos que passaram à reta final. Um mapa da caça aos votos se desenhou para ambos e a partir daí se basearam os primeiros passos em um segundo turno que deve ser o mais acirrado desde 1989, quando se realizaram as primeiras eleições presidenciais pós-redemocratização.

Na primeira etapa, Dilma Rousseff (PT) levou duas regiões: Nordeste, com 59,99% dos votos válidos, e Norte, com 50,06%. Já Aécio venceu no Sudeste, com 39,45%; Sul, com 47,20%, e Centro-Oeste, com 40,98%. Em estados como Maranhão, Piauí e Ceará, a presidenta ficou muito à frente do tucano – 69,56% a 11,62%, 70,61% a 13,8%, e 68,3% a 14,97%, respectivamente. Em contrapartida, o senador obteve ampla vantagem no maior colégio eleitoral do Brasil, São Paulo. Foram praticamente vinte pontos percentuais de diferença em relação à petista, 44,22% a 25,82%.

Fica claro que os dois candidatos, para chegar ao Planalto, precisam alavancar suas votações nos estados e regiões onde têm maior deficiência. No entanto, para o cientista político Eurico Figueiredo, diretor do Instituto de Estudos Estratégicos (Inest) da Universidade Federal Fluminense (UFF), há uma preocupação que deve se aliar às tentativas de ofensiva nos territórios favoráveis ao adversário. “Eles precisam procurar o que não tem, mas também manter o que têm”, avalia.

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