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A tendência é que o primeiro-ministro Tayyp Erdogan vá aos poucos se retirando da corrida presidencial para não arriscar a influência de sua legenda
Por Zeynep Zileli Rabanea | Tradução: Vinicius Gomes
[Leia a entrevista completa com Zeynep Zileli Rabanea na Fórum Semanal]
Até mesmo em meio a escândalos de corrupção e censuras do Twitter e do YouTube – levando a reações negativas em escala internacional -, no último domingo (30), o Partido Turco da Justiça e Desenvolvimento (AKP) venceu as eleições municipais, conseguindo mais de 45% do votos ao redor do país. As eleições municipais, que normalmente não teriam tamanha importância, contextualizadas na recente instabilidade política da Turquia, irão determinar o futuro do país, especialmente nos próximos meses até a eleição presidencial em agosto de 2014.
[caption id="attachment_44671" align="alignright" width="300"] (Reprodução)[/caption]
A substancial vitória da AKP pode ser atribuída a diversas razões: a falta de influência e o fracasso em oferecer um promissor futuro ao país por parte dos partidos de oposição e o grande orçamento utilizado pelo AKP para as campanhas, às vésperas da eleição foram grandes fatores. Talvez as eleições também tenham mostrado que os partidários da AKP não abandonaram o partido mesmo com as más condutas e o autoritarismo de Erdogan. Mais importante ainda, a maioria ainda acredita que o AKP é a única opção para uma economia estável e que cresça.
É possível que com sua crescente má reputação na mídia, Erdogan seja pressionado – dentro do partido – para paulatinamente se retirar das eleições presidenciais e assim, não arriscar a influência do partido. Agora, a questão é: quem irá tomar o seu lugar que possa garantir o mesmo nível de popularidade pública que Erdogan conquistou ano após ano?