Em ato de insurgência a Cunha, Erundina senta na cadeira da presidência da Câmara

Com o intuito de barrar mais uma manobra do presidente da Câmara dos Deputados, Erundina (PSOL-SP) e outras parlamentares ocuparam a mesa do plenário e obrigaram Cunha a suspender a sessão.

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Com o intuito de barrar mais uma manobra do presidente da Câmara dos Deputados, Erundina (PSOL-SP) e outras parlamentares ocuparam a mesa do plenário e obrigaram Cunha a suspender a sessão. Deputadas o acusam de atropelar uma votação de criação de comissões da Mulher, do Idoso, da Criança e do Adolescente, da Juventude e Minorias. "Não queremos que nossas questões sejam decididas por homens", disse a psolista Por Redação Sob a liderança da deputada federal Luiza Erundina (PSOL-SP), deputadas federais se rebelaram, na noite desta quarta-feira (27), contra o que consideram mais um golpe do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Aos gritos de "é golpe!", Erundina sentou na cadeira de Cunha e ocupou, junto com outras parlamentares, a mesa do plenário, obrigando o presidente a suspender a sessão. De acordo com a psolista, Cunha queria criar uma comissão de mulheres sem ter discutido os termos desta comissão com a bancada feminina, o que colocaria em risco "conquistas históricas" das mulheres. "Para interromper esse golpe e impedir que fossem decididas questões de nosso interesse sem a nossa participação, viemos para cá. Estamos submetidas a decisões de homens, não queremos que nossas questões sejam decididas pelos homens. Pelo menos discutam conosco. Isso não é justo e não vamos permitir", disse a deputada. Pelo Facebook, seu correligionário, o deputado federal Chico Alencar (PSOL-RJ), elogiou a atitude e ironizou. "Em tempo: Erundina ficou muito bem naquela cadeira".