No jantar em que selou o novo pacto neoliberal com Rodrigo Maia (DEM), presidente da Câmara, o ministro da Economia, Paulo Guedes, foi bajulado pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL), que tem se comportado como um novo fã de Jair Bolsonaro.
Segundo a coluna de Lauro Jardim, na edição desta quinta-feira (8) do jornal O Globo, Calheiros - um dos idealizadores do encontro, junto com Kátia Abreu (PDT-GO) - estava à vontade e, "numa noite de bons vinhos e uísques", se dirigiu a Guedes.
"Tem uma parte de minha biografia que eu não posso falar lá em Alagoas, porque me tira voto. Mas aqui vou contar: estudei com o Paulo Guedes na Universidade de Chicago. Sou um Chicago boy também".
#JairCalheirosBolsonaro
Nesta terça-feira (7), um dia após o jantar com Guedes, Renan Calheiros elogiou o “legado” de Jair Bolsonaro no que ele classifica como “desmonte do estado policialesco” e causou revolta na horda bolsonarista, que levantou a hashtag #JairCalheirosBolsonaro.
"Eu acho que esse é o grande legado que ele pode deixar para o Brasil que é o desmonte desse sistema que causou muitas vítimas nos últimos anos e tentou substituir a política nacional e graças a Deus não conseguiu”, disse Calheiros em entrevista a William Waak, que indagou se o senador considera Bolsonaro, que se valeu da Lava Jato para se eleger, ser hoje o principal inimigo da força-tarefa.
Nesta quarta-feira (7), Bolsonaro disse que acabou com a Lava Jato. “Queria dizer a essa imprensa maravilhosa nossa que eu não quero acabar com a Lava Jato… eu acabei com a Lava Jato, porque não tem mais corrupção no governo”.