Em Portugal, ativista tetraplégico faz greve de fome pelo direito a uma vida independente

Eduardo Jorge pede que "parlamentares se comprometam a apresentar uma lei de promoção da autonomia pessoal” para pessoas com deficiência

Ativista diz que a greve de fome acabará “se os grupos parlamentares se comprometerem a apresentar uma lei de promoção da autonomia pessoal – vida independente” (Reprodução Facebook)
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Eduardo Jorge pede que "parlamentares se comprometam a apresentar uma lei de promoção da autonomia pessoal” para pessoas com deficiência Por Esquerda.net Eduardo Jorge anunciou através do Facebook que vai iniciar uma greve de fome, a partir das 18 horas desta segunda-feira, em frente à Assembleia da República, em protesto contra a falta de dignidade que todas as pessoas com deficiência e dependentes de terceiros são sujeitos em Portugal. “Todos sabemos que a maioria das pessoas com deficiência não pode viver sem assistência pessoal”, afirma Eduardo Jorge no seu blogue “Tetraplégicos”. O ativista chama a atenção para a falta de condições das soluções existentes e salienta a necessidade de “muitas mães e pais deixarem as suas carreiras e vidas em suspenso porque são obrigadas a abdicar de tudo em prol do seu filho”. [caption id="attachment_32476" align="alignright" width="320"] Ativista diz que a greve de fome acabará “se os grupos parlamentares se comprometerem a apresentar uma lei de promoção da autonomia pessoal – vida independente” (Reprodução Facebook)[/caption] Eduardo Jorge afirma ainda que “o Estado e o utente gastam imenso dinheiro com programas, e em instituições inadequadas quando o mesmo dinheiro poderia servir para assegurar a continuidade das pessoas em suas casas, e no seu ambiente familiar, com outra qualidade de vida e dignidade. Seriamos nós a gerir as nossas vidas”. Este protesto conta também com o apoio do Movimento (d)Eficientes Indignados. Eduardo Jorge diz que a greve de fome terminará quando “os grupos parlamentares se comprometerem a apresentar uma lei de promoção da autonomia pessoal – vida independente”.