Em reunião tensa, promotora bolsonarista Carmem Eliza se recusa a deixar o caso Marielle Franco

Carmem teria se recusado a deixar as investigações e frustou o comando do MPRJ, que dava o afastamento dela como certo. Promotora já postou foto ao lado do deputado estadual Rodrigo Amorim (PSL-RJ), um dos responsáveis por quebrar a placa que fazia homenagem à vereadora

Carmen Eliza e as publicações em suas redes sociais (Reprodução)
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A promotora Carmen Eliza Bastos de Carvalho se recusa a deixar as investigações sobre o assassinato de Marielle Franco (PSol) e do motorista Anderson Gomes, mesmo após a repercussão de fotos que ela postou em apoio a Jair Bolsonaro e ao lado do deputado estadual Rodrigo Amorim (PSL-RJ), um dos responsáveis por quebrar a placa que fazia homenagem à vereadora. Segundo reportagem do Portal G1, a cúpula do Ministério Público do RJ (MPRJ) se reuniu no fim da noite desta quinta-feira (31) para decidir sobre um possível afastamento de Carmen Eliza do caso. Em reunião tensa, Carmem teria se recusado a deixar as investigações e frustou o comando do MPRJ, que dava o afastamento dela como certo. Ela teria ressaltado que é prerrogativa dos membros do MP decidir em quais investigações desejam atuar. A promotora é assumidamente bolsonarista e já postou foto ao lado do deputado estadual Rodrigo Amorim (PSL-RJ), um dos responsáveis por quebrar a placa que fazia homenagem à vereadora. Publicações que denunciam seu alinhamento pró-Bolsonaro foram compartilhadas pelo jornalista do Intercept Brasil, Leandro Demori, nesta quinta-feira (31). Uma das postagens da promotora no Instagram, que é fechado, relata seus sentimentos no dia em que Bolsonaro assumiu a presidência. “Há anos que não me sinto tão emocionada. Essa posse entra naquela lista de conquistas, como se fosse uma vitória…”, diz um trecho da publicação de Carmen Eliza, no dia 1 de janeiro de 2019. Em outra foto, ela aparece vestindo uma camiseta com o rosto de Bolsonaro estampado, escrito “Bolsonaro presidente”.