Em um ano, inflação aumenta preços de alimentos em 15%

O IPCA de fevereiro ficou em 0,86%, o maior resultado para o mês desde 2016, quando o índice ficou em 0,90%; a gasolina teve alta de 7,11%

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O Instituto Nacional Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quinta-feira (11) o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) para o mês de fevereiro, que foi de 0,86%, em janeiro o índice tinha ficado em 0,25%. Esse foi o maior resultado para um mês de fevereiro desde 2016, quando o IPCA foi de 0,90%.

Para o ano o índice acumula alta de 1,11% e, em 12 meses, 5,20%, acima dos 4,56% observados nos 12 meses anteriores. De acordo com o levantamento, em fevereiro de 2020, a variação havia sido de 0,25%.

Nos 12 meses que compreendem o ano e também o início da pandemia, o preço dos alimentos subiu 15% no país, o que significa três vezes a taxa oficial de inflação do Brasil, que ficou em 5,20%.

A principal alta apontada pelo IPCA foi nos transportes, de 2,28%, que foi puxada pelos sucessivos aumentos dos combustíveis, principalmente da gasolina, que só no mês de janeiro deste mês passou por seis ajustes de preço.

De acordo com o IPCA, os combustíveis tiveram alta de 7,09%. A gasolina, individualmente, teve alta de 7,11%, o que contribuiu com 0.36 pontos percentuais, ou seja cerca de 42% no índice do mês. O etanol teve alta de 8,06%, o óleo diesel de 5,40% e o gás veicular de 0,69%.

Dessa maneira, os combustíveis, com os resultados de fevereiro, acumulam alta de 28,44% nos últimos 9 meses.

Outro grupo que teve forte impacto foi o de educação, 2,48%, principalmente do chamado cursos regulares. O IPCA destaca que o resultado reflete, em grande medida, os reajustes normalmente observados no ano letivo. Soma-se a isso, o fato de que os descontos dados durante a pandemia em 2020 foram retirados.