Enquanto Brasil tem tombo histórico, economia de países que controlaram pandemia sofreu menos

Dados do segundo semestre mostram que combate eficiente ao coronavírus manteve confiança do consumidor e acelera recuperação

Foto: Animal Politico
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A exceção da China, que teve o auge da pandemia de coronavírus mais cedo e já entra em recuperação, números do segundo trimestre (abril a junho) mostram uma retração generalizada da economia. No Brasil, dados divulgados nesta terça-feira (1) mostram uma queda histórica de 9,7% do PIB (Produto Interno Bruto), na comparação com o primeiro trimestre.

No entanto, países que enfrentaram melhor a pandemia tiveram uma retração menor ou um desempenho "menos pior". As comparações sugerem que a atividade econômica reagiu melhor onde coronavírus foi melhor controlado, gerando confiança em consumidores, trabalhadores e empresários. 

Na Alemanha, que teve um dos controles mais rápidos e rígidos, o PIB caiu 9,7%. Já França retraiu 13,8% e a Itália, que foi epicentro da pandemia na Europa, 12,4%. A Espanha, um dos mais atingidos, teve queda de 18,8%. Segundo especialistas, o país teve uma quarentena mais longa por ter demorado a agir.

O Reino Unido, onde o primeiro-ministro Boris Johnson resistiu a quarentena no início amarga uma queda superior a 20%. A Suécia, que não fez quarentena e é citada como exemplo pelo presidente Jair Bolsonaro, viu seu PIB cair 8,6% no período, acima dos vizinhos Finlândia (apenas -3,2%), Noruega (-5,1%) e Dinamarca (7,4%).

Economistas alertam que nas comparações internacionais é preciso considerar a realidade de cada economia, como o fato de alguns países serem mais dependente de determinadas exportações ou importações que outros. O pico da pandemia também foi atingido em datas diferentes em algumas regiões, como é o caso do Brasil, que está atrás da Europa nesta cronologia.

Mas os especialistas concordam que os países que controlaram melhor o vírus estão conseguindo retornar com mais facilidade à normalidade, o que confere mais confiança à população, que volta a consumir e reativa a economia, o que se reflete nos dados de abril a junho.

Com agências internacionais