Ernesto Araújo e diplomacia de Bolsonaro anteciparam tentativa de golpe da direita na Bolívia

Na madrugada desta quarta-feira (23), antes da entrevista coletiva em que Evo Morales denunciou a tentativa de golpe de Estado "pela direita, com apoio internacional", Araújo compartilhou tuíte do Itamaraty que levanta suspeitas sobre o resultado eleitoral na Bolívia

Evo Morales, Eduardo Bolsonaro e Ernesto Araújo (Montagem)
Escrito en GLOBAL el
Parte do conluio internacional capitaneado por Steve Bannon para impor governo ultraconservadores de direita pelo mundo, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo antecipou pelo Twitter a tentativa de golpe de Estado denunciada nesta quarta-feira (23) pelo presidente reeleito da Bolívia, Evo Morales. Usando um tuíte do perfil oficial do Itamaraty na rede social, Ernesto Araújo compartilhou na segunda-feira (21) que havia "preocupação" com "a interrupção imprevista da apuração e a falta de resposta das autoridades eleitorais bolivianas aos pedidos de esclarecimento da OEA". Em outro tuíte do ministério, o chanceler de Jair Bolsonaro ressaltou que o "Brasil espera que o processo de apuração tenha continuidade dentro das regras estabelecidas, com transparência e lisura". Na madrugada desta quarta-feira (23), antes da entrevista coletiva em que Evo Morales denunciou a tentativa de golpe de Estado "pela direita, com apoio internacional", Araújo compartilhou tuíte do Itamaraty que levanta suspeitas sobre o resultado eleitoral na Bolívia. "Diante dos profundos questionamentos e dúvidas sobre os números da eleição na Bolívia, o Brasil apoia integralmente a proposta do Sec.-Geral @Almagro_OEA2015 de ampla verificação da integridade do processo eleitoral boliviano, com compromisso de q as conclusões sejam vinculantes", tuitou. Morales, denunciou na manhã desta quarta-feira (23) que a direita tenta dar um golpe de estado no país. "Denuncio ante o povo boliviano: está em processo um golpe de Estado. Ele foi preparado pela direita, com apoio internacional. Até agora temos aguentado e suportado com paciência para evitar violência", declarou Evo. O presidente boliviano ressaltou que "não estamos em tempos de colônia" e prometeu defender a democracia. "Vamos defender a democracia, o povo organizado recuperou a democracia. Quero dizer à direita boliviana, não sejam responsáveis pelo enfrentamento boliviano, não semeiem o ódio. Somos todos uma grande família", acrescentou.