Erros no Enem: Weintraub culpa impressora por "engasgar" na produção da prova

Problema teria prejudicado cerca de 6 mil alunos, um "impacto baixo", segundo o ministro

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O ministro da Educação, Abraham Weintraub, disse em entrevista à rádio Gaúcha, nesta segunda-feira (20), que o erro na correção do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) pode ter afetado cerca de 6 mil alunos, impacto considerado "baixo" para o ministro. Ele disse ainda que a culpada pelo erro foi de uma das impressoras da gráfica Valid Soluções S.A., que teria "engasgado" e provocado o deslocamento da prova com o gabarito. "Aparentemente não foi uma coisa de má fé, foi um acidente, coisa que acontece. Não depende da minha avaliação. A gente vai ver legalmente o que acontece", disse. Weintraub disse ainda que o impacto do problema foi "baixo". "A gente já tem o número de pessoas e vai ser corrigido hoje à noite. Estamos falando de 0,1% das pessoas, isso dá cerca de cinco ou seis mil candidatos, problemas que vão ser corrigidos", declarou. "O impacto é baixo e não vai ter nenhum efeito para a maioria das pessoas." No entanto, o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Alexandre Lopes, disse no final de semana que até 30 mil candidatos podem ter sido afetados. O governo identificou o problema a partir de relatos dos candidatos nas redes sociais. Inicialmente, o MEC afirmou que o erro estava associado apenas às provas do segundo dia do exame, quando foram aplicadas as questões de matemática e ciências da natureza. No entanto, as provas do primeiro dia, de linguagens, ciências humanas e redação, também foram afetadas. O Inep encerrou o prazo para recebimento de reclamações dos candidatos às 10h de hoje e deve fazer um pronunciamento esta noite.