Escritora Lya Luft morre aos 83 anos

Considerada uma das principais escritoras do Brasil, foi autora de sucessos como “Perdas e Ganhos” e “Pensar é transgredir”

Lya Luft - Foto: Divulgação
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A escritora Lya Luft faleceu na madrugada desta quinta-feira (30) em Porto Alegre, aos 83 anos A autora lutava há 7 meses contra um melanoma, que foi descoberto já com metástase.

De acordo com informações divulgadas pela família, a Lya Luft, que estava internada, pediu para ir para casa antes do Natal. A filha da escritora, Suzana, revelou que ela morreu dormindo. A cerimônia de despedida será restrita à família.

A Academia Riograndense de Letras emite uma nota sobre a morte da autora. "Comunico falecimento da Lya Luft, nossa escritora do ano, nesta madrugada. Nossa homenagem chegou em tempo e trouxe alegria aos seus últimos dias", declarou o presidente da entidade, Rafael Bán Jacobsen.

Considerada uma das principais escritoras do Brasil, Lya Luft era mestre em linguística e Literatura Brasileira. Também foi professora universitária e colunista de várias publicações jornalísticas brasileiras. A autora também foi patrona da Feira do Livro de Porto Alegre.

Escreveu sucessos como "Perdas e Ganhos", "Pensar é Transgredir" e "As Parceiras". A sua obra mais recente foi "As Coisas humanas", publicado no ano passado.

Lya Luft se arrepende de ter votado em Bolsonaro: “Parece que vivemos uma ditadura branca”

A escritora Lya Luft, de 81 anos, admitiu, com naturalidade, que se arrependeu de ter votado em Jair Bolsonaro; “Te confesso que votei e me arrependi. Votei na falta de coisa melhor e me arrependi muito. Não conhecia direito. Queria uma trégua do PT, era muita esculhambação, corrupção, não foi uma fase boa. Votei nele e me arrependi em seguida”, disse, em entrevista a Paula Sperb, da Folha de S. Paulo.

“Muita gente da minha família, que jamais votaria nele, porque ele não se portava bem mesmo como deputado, queria mudar. Alckmin estava muito sem possibilidade. Queria outro Brasil e deu no que deu”, afirmou.

Após o arrependimento, Lya não poupa críticas ao candidato que escolheu: “Parece que vivemos uma ditadura branca, uma coisa estranha, onde ele decreta e tem que ser como ele quer. Mesmo em assunto em que ele não entende (coronavírus), quando estão morrendo milhares de pessoas. Essas distrações dos líderes na sua própria cobiça, a distração do sofrimento das pessoas, estão me deixando muito entristecida, é preciso cuidar das pessoas”, destacou.