O ex-ministro da Justiça Sergio Moro afirmou nesta quarta-feira (17) que a estratégia do presidente Jair de tentar proteger seus apoiadores trocando o comando da Polícia Federal “não deu certo”, um dia depois de 11 parlamentares bolsonaristas terem sigilos bancários quebrados e 21 aliados serem alvo de buscas da PF.
"O inquérito das fake news foi apontado pelo próprio presidente como um dos motivos para a troca de comando na PF. Como revelei publicamente esse fato, a estratégia não deu certo, pois o ministro Alexandre de Moraes blindou essa investigação e também o inquérito que apura os atos antidemocráticos, determinando a permanência da mesma equipe da PF à frente de ambas", disse Moro à coluna da jornalista Bela Megale, no jornal O Globo..
Quando pediu demissão, Moro acusou Bolsonaro de interferir na PF e exigir um delegado-geral mais amigável. Ele chegou a mostrar uma mensagem do presidente em que ele dizia “mais um motivo para a troca na PF”, compartilhando uma reportagem sobre o início da investigação.
"Isso só confirma a importância de nós preservarmos a polícia de investigação contra a interferência política", completou Moro.