Estudantes do Mackenzie, em São Paulo, convocam ato em defesa da legalidade e da democracia

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Ato “Mackenzistas contra o golpe: a história não se repetirá” foi convocado por alunos de diversos cursos e será realizado nesta quarta-feira (23), a partir das 18 horas, na Rua Maria Antônia Por Redação Estudantes de diversos cursos da Universidade Presbiteriana Mackenzie convocaram, para esta quarta-feira (23), o ato “Mackenzistas contra o golpe: a história não se repetirá”. A concentração acontece a partir das 18 horas, na Rua Maria Antônia, região central de São Paulo. O local escolhido faz referência ao episódio que ficou conhecido como Batalha da Maria Antônia. Na página do evento, estudantes ainda contestam a atitude da universidade, que vetou a utilização de qualquer simbologia e também qualquer espaço para a realização do evento. Confira abaixo a nota de convocação dos estudantes: Mackenzistas pela Democracia Nós, estudantes dos mais variados cursos da Universidade Presbiteriana Mackenzie, viemos expressar nossa total preocupação com a situação política do país. Vivemos hoje a junção de três graves crises: econômica, política e social. A isso somam-se as recentes e equivocadas opções políticas do governo, mas também a uma sanha direitista em desestabilizar a democracia em nosso país. A estas atitudes, por parte do governo e da oposição, demonstramos nosso descontentamento. Ao mesmo tempo, acompanhamos com muita preocupação as recentes ações que ferem a legalidade em nosso país. A Operação Lava Jato, que até o momento se apresentava como uma força tarefa para combater a corrupção, tem mostrado seletividade ao longo do processo e ao mesmo tempo vem atropelando os direitos fundamentais garantidos na Constituição. O que na prática está em risco com essa situação? Primeiro, colocamos em risco nosso maior bem, a democracia, conquistada arduamente, na luta contra a ditadura militar, que ceifou centenas de vidas. Segundo, colocamos em risco os princípios e direitos consagrados democraticamente na Constituição Federal de 1988. Por fim, colocamos em risco até mesmo o combate à corrupção, luta na qual nos engajamos. O que temos visto é que sob este discurso de combate à corrupção, na verdade se escondem escusos interesses de partidos e setores empresariais, que buscam tão somente garantir seus interesses. É nosso papel, como futuros profissionais engajados na causa social, mas também como cidadãos, zelarmos pelo Estado Democrático de Direito. Achamos que todos os políticos e empresários podem e devem ser investigados, julgados e punidos, sem distinção. Mas não é isso o que temos visto na Operação Lava Jato. Diante desse quadro, convocamos os estudantes do Mackenzie a reescreverem a história do movimento estudantil desta instituição. Se no período da ditadura militar, destacaram-se os setores mais conservadores, organizados no “Comando de Caça aos Comunistas”, hoje temos toda uma geração que zela e defende a democracia. Seremos a geração que engrandecerá esta instituição, ao nos colocarmos do lado da legalidade, em momento tão delicado. PRESENÇAS CONFIRMADAS: DOUGLAS BELCHIOR CARMEN FERREIRA SINDICATO DOS ADVOGADOS DO ESTADO DE SÃO PAULO MARIA CAROLINA TREVISAN LIGA DO FUNK VICTOR AMATUCCI ADVOGADOS PELA DEMOCRACIA, JUSTIÇA E CIDADANIA CONEN ALUNOS DA FFLCH ALUNOS DA PUC/SP CAFF- CENTRO ACADÊMICO FLORESTAN FERNANDES (FESPSP) LEVANTE POPULAR DA JUVENTUDE BATUCADA POPULAR CARLOS MARIGHELLA JUVENTUDE 5 DE JULHO FRENTE BRASIL POPULAR CENTRO ACADÊMICO DE JORNALISMO DA METODISTA RAIMUNDO BONFIM (CENTRAL DE MOVIMENTOS POPULARES) REDE NACIONAL DE MÉDICAS E MÉDICOS POPULARES