Aumenta número de estudantes negros e de baixa renda em universidades federais

O relatório do estudo mostra que o número de estudantes negros e das classes D e E matriculados em universidades federais aumentou.

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O relatório do estudo mostra que o número de estudantes autodeclarados pretos e pardos matriculados em universidades federais chegou a 37% em 2014, enquanto o de alunos das faixas mais baixas de renda chegou a 67%. Entre as causas da melhora figura a Lei de cotas e perfil de estudantes que prestam ENEM Por Redação O perfil de estudantes nas universidades federais brasileiras está mudando, com a inclusão de mais estudantes negros e de faixas mais baixas de renda. É o que diz relatório da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes). Segundo a pesquisa, o número de estudantes autodeclarados pretos ou pardos aumentou de 28% para 37% de entre 2003 e 2014. Além disso, os dados analisados mostram que, de 2010 à 2014, o número de alunos com renda inferior a três salários mínimos (R$ 2.640) aumentou de 40,66% para 51,43%, enquanto alunos com renda entre R$ 7.920 e R$8.800 (9-10 salários mínimos) caiu de 6,57% para 2,96%. O número de alunos com renda superior a dez salários também caiu e foi de 16,72% em 2010 para 10,6% em 2014. Entre os fatores que podem explicar a mudança, o relatório cita como principais a Lei de Cotas, de 2012, e a mudança no perfil de alunos que prestam o ENEM anualmente, associado ao crescimento do número de universidades que adotaram o Sistema Único de Seleção Unificada (SISU). Segundo Ângela Paiva Cruz, presidenta da associação, os dados evidenciam que o mito de que universidade federal seria para as elites começa a cair. Mas a presidenta admite que ainda há muito a ser feito, haja vista o baixo índice de jovens matriculados no ensino superior: atualmente, o Brasil conta com 17% da população jovem cursando graduação. Um dos professores responsável por coordenar as pesquisas, Paulo Márcio de Faria e Silva, afirmou que o ingresso de negros e das classes D e E nas universidades federais deve aumentar, também, sua participação no mercado de trabalho. Confira o relatório na integra aqui.