Estudos mostram que Bolsa Família alavanca emprego formal

Ao contrário da tese propagada por setores da direita brasileira, de que os beneficiários "se acomodam" e que atrapalharia na geração de trabalho, duas pesquisas revelam justamente o contrário

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Dois estudos quebram as teses difundidas por setores da direita brasileira de que o Programa Bolsa Família ou ações similares de distribuição de renda afetam a geração de emprego formal e faz com que os beneficiários não busquem trabalho.

Um desses estudo foi publicado recentemente e é assinado por e foi conduzido por François Gerard, Joana Naritomi e Joana Silva. Com o título “Transferências de dinheiro e mercados de trabalho formais: Evidências do brasil”, o artigo estuda o impacto “em larga escala” do Bolsa Família” em mercados de trabalhos locais onde “tais preocupações podem ser particularmente fortes”.

https://twitter.com/DeboraFreirec/status/1446858415389675520

Ao contrário de análises senso comum, o estudo aponta que o Bolsa Família proporciona aumento do emprego formal e, além disso, com efeitos “multiplicadores de transferências de dinheiro na economia local”, que se sobrepõe à possíveis “efeitos negativos” do programa na economia local.

O outro estudo trata-se de uma tese de doutorado defendida por Débora Freire onde os “resultados sugeriram que o PBF gera ganhos de renda para as classes que não são diretamente beneficiadas pelas transferências, pelos efeitos indiretos da política na geração de renda do trabalho e do capital” e “além de desconcentrar a renda proveniente de transferências do governo, o programa tem efeitos positivos sobre a desconcentração da renda do trabalho por seus efeitos de mudança na composição da produção setorial”.

O estudo um pode ser conferido aqui.

E o estudo dois pode ser acessado aqui.