Fake News: Militar nomeado no SUS espalhou mentiras sobre cloroquina e insultou OMS

Nomeado diretor de monitoramento do SUS, Angelo Martins Denicoli também ataca STF, governadores e imprensa em seu Instagram

Reproduçãp/Facebook
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O militar Angelo Martins Denicoli, nomeado na última terça (19) como diretor de monitoramento e avaliação do SUS, publicou uma informação falsa sobre o uso da hidroxicloroquina para o tratamento do novo coronavírus, em seu perfil no Instagram.

Ele divulgou, no dia 8 de abril, que uma "organização americana" havia aprovado o uso da hidroxicloroquina para o tratamento de todos os casos do novo coronavírus.

"O CEO da Novartis anunciou que já tem em mãos os resultados de pesquisas que comprovam que a hidroxicloroquina mata o vírus. Tanto que a empresa vai doar 130 milhões de doses", diziam as fake news compartilhadas pelo major.

A notícia real é que a FDA, órgão norte-americano regulador de medicamentos, emitiu uma autorização para uso de emergência de produtos com sulfato de hidroxicloroquina e fosfato de cloroquina para alguns pacientes com Covid com coronavírus.

Ele também fala em "agentes políticos" que estariam no comando de instituições como a OMS e infiltrados nas redações de jornais. "Genocidas da era moderna", disse o militar.

O novo nome do SUS também compartilhou ofensas a ministros do STF, governadores e deputados vistos

Uma das publicações de Denicoli diz que o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), colocaria presos para vigiar se as pessoas estariam obedecendo medidas autoritárias. O major acrescentou: "Já fez contato com o Estado Islâmico".

Ele também escreveu sobre o governador do Rio, Wilson Witzel (PSC), que seria internado em um hospital particular para exames : "Esse não engana ninguém".

Em outras postagens, ele faz ofensas a ministros do STF, dizendo que Ricardo Lewandowski é amigo de traficantes, que Celso de Mello apoia pedófilos, que Marco Aurélio é a saída de assassinos, que Rosa Weber garante estuprador e que corrupto deve ligar para Gilmar Mendes.

Sobre a imprensa, ele diz que "o grande perigo de hoje não é o nazismo, é o jornalismo", com uma montagem de fotos de jornalistas.

O diretor do SUS também desfilou em um protesto antidemocrático e exibiu um documento de sua assinatura de apoio ao Aliança pelo Brasil, partido que Bolsonaro tentou criar.