FBI investiga a possibilidade de agentes infiltrados na Guarda Nacional, segundo a Associated Press

A agência está investigando cada um dos 25 mil soldados que compõem a Guarda Nacional e alertou para o risco de ataques antes da posse de Biden

Foto: MSNBC (reprodução)
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O FBI (Federal Bureau Investigation) está investigando a vida de cada um dos 25 mil agentes que compõem a Guarda Nacional. De acordo com informações da APnews, oficiais de defesa dos EUA acionaram o FBI, pois, estão preocupados com um ataque interno na posse do presidente eleito Joe Biden.

O temor surgiu depois da tomada do Capitólio, no dia 6 de janeiro, por apoiadores de Trump. Os agentes de segurança dos EUA consideram que a invasão se deu maneira muito fácil e que esse fato "ressalta o temor de que algumas pessoas designadas para proteger a cidade nos próximos dias possam representar uma ameaça para o novo presidente e seus ministros".

Em entrevista à Associated Press no domingo (17), o secretário do Exército, Ryan McCarthy, afirmou que eles estão cientes da possibilidade de ameaça interna e que, por isso mesmo, alertou os comandantes para "estarem atentos a quaisquer problemas em suas fileiras conforme a posse se aproxima".

Porém, até este momento, as Forças Armadas e o FBI não encontraram nenhuma evidência de ameaças que possam partir dos agentes de segurança.

"Estamos continuamente passando pelo processo e dando uma segunda, terceira olhada em cada um dos indivíduos designados para esta operação", declarou McCarthy à APnews.

Cerca de 25 mil membros da Guarda Nacional estão fluindo para Washington de todo o país. Esse número é duas vezes maior do que o designado para as duas últimas posses.

As Forças Armadas, segundo a APnews, investigam, constantemente, a ligação de oficiais da Guarda Nacional com extremistas, todavia, ressaltam que a introdução do FBI em tal trabalho é uma adição bem-vinda.

A investigação da vida dos agentes que compõem a Guarda Nacional teve início depois dos ataques do 11 de setembro de 2001, quando as Torres Gêmeas foram derrubadas mediante um ataque da Al-Qaeda.

A correlação com o 11 de setembro não é aleatória, pois, muitos dos insurgentes contra a posse de Joe Biden são simpatizantes de grupos como Al-Qaeda e o Estado Islâmico. Tais pessoas atendem o perfil do chamado "lobo solitário": jovens, em sua maioria homens, que simpatizam com os ideais fundamentalistas e perpetram ataques em seu território.

Posterior a invasão do Capitólio, que foi insuflada por Donald Trump, alguns membros da Guarda Nacional foram presos por terem ligações com grupos de extrema direita que estiveram envolvidos na tentativa de golpe ocorrida no dia 6 de janeiro.

A principal preocupação do FBI e das Forças Armadas é de um ataque por grupos armados, bem como explosivos plantados e outros dispositivos. Relatórios das Forças Armadas sugerem que grupos estão organizando manifestações armadas antes da posse e, possivelmente, nos dias posteriores.