Fernando Brito: Geddel é a tampa da fossa de Temer

Brazilian acting President Michel Temer (R) and the General Secretary of the Brazilian Presidency Geddel Vieira Lima speak during a meeting with party leaders of the National Congress at Planalto Palace in Brasilia, on June 15, 2016. Temer is seeking support for the approval of a fiscal adjustment that he will send this week to the Congress. / AFP / EVARISTO SA (Photo credit should read EVARISTO SA/AFP/Getty Images)
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O panorama nos jornais de hoje é devastador para Michel Temer. Geddel Vieira Lima é a tampa que abre a fosse das suas relações com Eduardo Cunha Por Fernando Brito, no Tijolaço O panorama nos jornais de hoje é devastador para Michel Temer. Geddel Vieira Lima é a tampa que abre a fosse das suas relações com Eduardo Cunha. As ligações de ambos não se limitam às suas próprias figuras já moralmente incineradas. Começam a surgir as ligações de Michel Temer  e o par de ladrões. A começar por Roberto Derziê, personagem sempre presente nas articulações do Grupo dos Quatro – Temer, Geddel, Moreira Franco e Eliseu Padilha. Leia também: Polícia Federal faz buscas na casa de Geddel Vieira Lima em Salvador Derziê começou atuando na área de loterias, que foi comandada por Moreira Franco e que depois passou a Fábio Cleto, assumido “maleiro” de Eduardo Cunha. Depois,”indicado pelos peemedebistas Moreira Franco e Geddel Vieira Lima”(descrição da revista Época , insuspeita) foi para a direção da Caixa, de onde saiu para ser auxiliar pessoal do então vice-presidente Michel Temer, que é presidente do PMDB, durante o período em que Temer atuou na articulação política do governo, até agosto de 2015. Com o golpe, foi ser o secretário-executivo de Geddel, ficando responsável pela distribuição de recursos para as emendas parlamentares. E, finalmente, com a queda de Geddel, voltou para a Caixa, como vice-presidente. A história não vai parar e ontem já era possível perceber que não seria apenas mais um episódio sórdido. Retirou-se a tampa da fossa onde se escondiam as imundícies do PMDB, preço cobrado pelo Grupo dos Quatro para permitir que o governo eleito governasse. Até que perceberam que, em lugar do naco imundo, tinham a chance de abocanhar o bolo inteiro. Agora não é só Cunha que tem o governo na língua.