Flávio Dino cogita fusão entre PCdoB e PSB para eleição presidencial de 2022

Cotado para concorrer, governador do Maranhão afirmou que é preciso avaliar os impactos das novas regras do sistema partidário após as eleições municipais deste ano

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O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), afirmou nesta terça-feira (14) que enxerga como caminho possível uma aliança que inclua até uma fusão ou incorporação de seu partido pelo PSB. Em entrevista à CNN Brasil, ele respondeu questionamento sobre a possibilidade de sair candidato à Presidência pelo PSB em 2022.

"O PCdoB tem uma relação muito próxima com o PSB, a nossa presidente nacional é vice-governadora de Pernambuco com o PSB, temos aliança em Recife. Desde o berço temos essa aliança. Diálogo é muito bom para o país. Eu era muito amigo do Eduardo Campos. Mas nunca uma coisa unilateral minha de sair do PCdoB para ser candidato a presidente pelo PSB, isso jamais. Mas uma aproximação, uma aliança, quem sabe uma incorporação, é um caminho", disse Dino.

Segundo ele, as novas regras, como a cláusula de barreira e o fim das coligações proporcionais, deve alterar o cenário político depois das eleições municipais deste ano.

"Temos que esperar o próximo ano, que é uma redefinição partidária no país. Nós vamos ter um redesenho inevitável tendo em vista que as novas regras de cláusula de barreira e fim das coligações proporcionais levarão a muitas fusões. Não agora, porque cada partido vai enfrentar com sua tática eleitoral", completou.

Dino citou como exemplo uma fusão recente na qual o PCdoB incorporou outra legenda menor de esquerda, o PPL.

"É uma tendência do sistema partidário. Nós temos 30 partidos, vamos cair para 10, 12, mais ou menos, no próximo ano. Vão haver muitas incorporações, fusões, tanto na esquerda quanto na direita. Não que o PCdoB vá deixar de existir. Mas, como legenda eleitoral, você pode ter as chamadas federações partidárias, como nós fizemos na prática essa federação PCdoB-PPL", afirmou o governo.

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