O governador do Maranhão Flávio Dino (PCdoB) afirmou que o presidente Bolsonaro comete um ato "criminoso" ao utilizar fake news sobre supernotificação de casos de Covid-19. Por meio de suas redes, Dino afirmou que é o "criminoso voltando ao local do crime".
"Inventar genericamente uma 'supernotificação' de óbitos por coronavírus agride os médicos que assinaram os respectivos atestados. E tenta minimizar a doença que já matou quase 500.000 brasileiros. É o criminoso voltando ao local do crime: o discurso da 'gripezinha'".
O comunista também afirmou que o presidente Bolsonaro não é "uma gripezinha atacando o regime democrático. É gravíssima doença que pode matar as instituições".
"Não é uma 'gripezinha' atacando o regime democrático. É uma gravíssima doença, que pode matar as instituições. O episódio da falsificação relativa ao Tribunal de Contas da União prova isso mais uma vez. Afinal, fake news não é piada nem “descuido”; é ato de bandidos".
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Ao falar com simpatizantes na manhã desta terça-feira (8), o presidente Jair Bolsonaro comentou a nota emitida pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que afirma não existir supernotificação de casos de Covid, porém, ao voltar atrás na crítica ao tribunal, o presidente manteve a narrativa de que estados inflaram dados sobre a doença para receber mais dinheiro.
“O TCU está certo, eu errei quando falei em tabela, o certo é acordão. O que acontece, tem uma lei complementar do ano passado que diz que a distribuição de verba do governo federal para os estados levava em conta alguns critérios, o mais importante era a incidência de Covid”, disse o presidente.
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A partir de uma thread bem didática postada no Twitter, a internauta Jess F explicou o nascimento da fake news sobre a existência de uma supernotificação de casos e mortes por Covid-19, que serviu de base para o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) utilizar em suas entrevistas recentes.
O Tribunal de Contas da União (TCU) divulgou uma nota nesta segunda-feira (7) desmentindo a declaração dada pelo presidente Jair Bolsonaro a seus apoiadores no cercadinho do Palácio do Alvorada.