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Guilherme Boulos, líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e, até então, colunista da Folha, publica nesta quinta-feira (09) a sua última coluna. A alegação da Folha, por telefone, de acordo com Boulos, foi de uma renovação "natural", uma rotatividade de colunistas.
Da Redação
Guilherme Boulos, líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e, até então, colunista da Folha, publica nesta quinta-feira (09) a sua última coluna. O diário dos Frias, muito provavelmente sucumbiu à pressão de empresários e associações sediadas na Avenida Paulista, ocupada por 22 dias pelo MTST, e encerrou a sua participação no jornal.
A alegação da Folha, por telefone, de acordo com Boulos, foi de uma renovação "natural", uma rotatividade de colunistas. Boulos diz que não estranhou o telefonema, mas sim a sua demora. “Tenho posições antagônicas às do jornal e, principalmente, uma militância que incomoda a maior parte dos leitores e anunciantes que o mantém”.
Nós, aqui da Fórum, e acreditamos que boa parte do público que anseia por um jornalismo mais plural, esperamos que a renovação se dê também com outros colunistas, como por exemplo, kim kataguiri, do Movimento Brasil Livre (MBL), lacaio e entusiasta das mesmas entidades que habitam por ali pela área ocupada.
Sobre seus pares, Boulos cita na última coluna ter “o maior respeito e amizade por vários colunistas da Folha. Gente da qualidade de Gregório Duvivier, Vladimir Safatle, Laura Carvalho, André Singer, Juca Kfouri e tantos outros. Nem tantos, na verdade, alguns...”.
Sobre a Folha, Boulos afirma: “A vida é feita de escolhas. Quando um jornal que pretende ser equilibrado toma a decisão de reduzir seu já restrito grupo de colunistas afinados com o pensamento de esquerda e manter um batalhão de colunistas conservadores e de direita, aprofunda sua opção por um certo tipo de público. Sinal dos tempos”.
Leia a última coluna completa de Guilherme Boulos aqui: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/guilhermeboulos/2017/03/1864959-ultima-coluna.shtml