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Reportagem do site The Intercept, divulgada neste sábado (24) por e-mail, revela que a Fundação Florestal, sob o comando do então secretário estadual de Meio Ambiente de São Paulo, Ricardo Salles, foi condenada pela Justiça por coagir um funcionário a liberar uma área de mineração a mando da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
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Segundo a reportagem, o atual ministro do Meio Ambiente de Jair Bolsonaro atendeu a uma demanda da Fiesp e coagiu um funcionário - que moveu a ação trabalhista - a alterar um mapa cartográfico para liberar a exploração de minério em uma área protegida.
O pedido teria sido feito por e-mail, por funcionárias nomeadas por Salles, sem a análise do conselho responsável por gerir a área.
"Tanto a prova oral como a prova documental que instruíram a petição inicial são robustas no sentido de demonstrar que o reclamante estava sendo coagido, por suas superioras hierárquicas, a realizar uma alteração ilícita nos mapas cartográficos referentes ao plano de manejo da Várzea do Tietê", diz a sentença da juíza Fátima Ferreira.
Fiesp
A Fiesp foi a primeira entidade empresarial a sair em defesa de Jair Bolsonaro e Ricardo Salles após o levante, principalmente de países europeus, contra a política de devastação da Amazônia.
Em nota, Paulo Skaf, presidente da federação, disse que os países europeus “atacam a imagem do Brasil” com as críticas à política de desmatamento e destruição da Amazônia de Bolsonaro.
“A Fiesp vê com espanto as ameaças de países participantes do tratado comercial União Europeia-Mercosul, anunciado há menos de 60 dias, de recuarem no que foi acordado. Afinal, todos os pontos pactuados foram exaustivamente debatidos ao longo de 20 anos de negociações e são de amplo conhecimento de todos os envolvidos”, diz a nota.
Ficha corrida
Ex-militante do DEM, incentivador do assassinato de sem-terras e defensor dos latifundiários, o ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles mente no currículo e já foi condenado por fraude ambiental.
Renegado pelo próprio partido, o Novo, pelo qual foi candidato a deputado federal na última eleição, e alvo de um pedido de impeachment da Rede, Salles tem tentado, assim como Bolsonaro, se esquivar da responsabilidade pelo aumento de 278% do desmatamento na Amazônia em julho de 2019 e pelas crescentes queimadas na região desde que assumiu o ministério, mas seu perfil faz jus à “tragédia anunciada” que o mundo todo volta os olhos agora.
Saiba quem é, realmente, Ricardo Salles