Futepoca: São Paulo dificulta a vida de seus fãs de esquerda

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O São Paulo deu mais uma razão de constrangimento para seu torcedor de orientação político-ideológica mais à esquerda. O prefeito reeleito da capital paulista Gilberto Kassab (DEM) recebeu da diretoria tricolor uma camisa do time comemorativa de sua vitória (aqui, em matéria do Terra). A peça, produzida especialmente para o prefeito, leva o seu nome às costas e tem o número 60,72%, referente ao número de votos válidos recebidos no segundo turno da eleição, quando derrotou a petista Marta Suplicy.

No mesmo pleito, o superintendente de futebol do clube do Morumbi , Marco Aurélio Cunha, elegeu-se vereador, também pelo DEM de Kassab. Segundo achei neste blog sãopaulino, Marco Aurélio disse em nota que só decidiu ser candidato “após conversas e pedidos do Prefeito Kassab, São Paulino, e de trabalho destacável”, nas palavras do dirigente.

Voltando um pouco mais no tempo, o ídolo sãopaulino Rogério Ceni, em entrevista ao programa Roda Viva, assumiu seu voto em Geraldo Alckmin (PSDB) em 2006, por avaliar que Lula “não conseguiu fazer um grande mandato”. Uma das críticas do goleiro foi feita ao Bolsa Família. Segundo ele, o programa “é muito legal se for o complemento do salário de um cidadão brasileiro”, mas estaria sendo um incentivo para que a população pobre procure emprego. Veja o trecho: “Então, o que o cidadão quer, [o que] ele deveria querer? Ele deveria querer um emprego e, logicamente pela situação precária econômica que o nosso país tem, isso deveria servir como um complemento salarial. Hoje a gente vê muitas... hoje, um emprego é tão difícil de conseguir em cidades do interior, de você conseguir gente para trabalhar, porque a pessoa raciocina assim: ‘Não, mas eu tenho Bolsa Família, Bolsa Escola. Isso me dá cento e tantos reais [gesticulando]. Eu prefiro ficar em casa do que arriscar ter que trabalhar’. Então, assim, eu vejo que seria muito legal tudo isso que é feito, é uma idéia louvável, mas como um complemento salarial. Porque eu vejo isso como um fator determinante para o não crescimento do nosso país.”

A íntegra está no blogue Futepoca