Justiça nega novo pedido de liberdade para Galo

Após ter adquirido habeas corpus para deixar a prisão, juíza Gabriela Marques Bertoli não acatou e ainda decretou prisão preventiva para o militante

Paulo Galo - Foto: Reprodução/Redes Sociais Créditos: Reprodução
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A Justiça negou neste domingo (8) pedido da defesa do militante Paulo Roberto da Silva, que é conhecido como Galo, para soltá-lo provisoriamente.

O militante está preso desde o dia 28 de julho após ter assumido o planejamento e a execução do incêndio na estátua de Borba Gato.

Na última quinta-feira (5), após ter recebido habeas corpus que mandava soltar Galo, a juíza Gabriela Marques Bertoli não acatou o pedido, manteve o ativista preso e na sexta-feira (6) decretou a prisão preventiva de Paulo.

Além de Paulo Galo, o motorista Thiago Vieira Zem, foi preso preventivamente na sexta. Galo e Zem estão na carceragem do 11º Distrito Policial (DP), em Santo Amaro.

Também teve a prisão preventiva decretada Danilo Silva de Oliveira, o Biu, que ainda não foi localizado e é procurado pela polícia.

O advogado Jacob Filho, que também defende Galo, declarou ao G1 que Biu vai se entregar.

Manuela D’Avila: “Por que a polícia prende o Galo e não o cara que ameaçou minha filha?”

A jornalista Manuela D’Ávila (PCdoB-RS) perguntou indignada no programa Fórum Onze e Meia porque a polícia prende o ativista Paulo Lima, o Galo dos Motoqueiros e não o homem que ameaçou sua filha e estupro pelas redes.

Com a frase, Manuela chama a atenção para o perigo iminente do fascismo que há com o presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido). Galo foi preso por ter participado do incêndio à estátua do Borba Gato, em São Paulo, em Santo Amaro, Zona Sul de São Paulo, no último sábado (24).

Manuela ressaltou que é necessário, neste momento, defender o Galo, que, segundo ela “lidera os trabalhadores precarizados. Vamos debater classes. Ele é o cara que coordena o movimento mais inovador que surgiu de defesa da classe trabalhadora e de denúncia da precarização”.

Manuela fez postagem nas redes sociais, no início de junho, em que denuncia ameaças que ela e sua família estão sofrendo por parte de grupos de ódio e desabafa: “Ontem à noite, em um debate, me perguntaram se eu não sinto vontade de desistir. Sim, eu sinto. Todos os dias. Ao contrário do que muitos pensam, a violência política está cada vez mais intensa. O último mês foi muito agressivo e me impactou muitíssimo”.