Gilmar Mendes, Temer e três versões diferentes para um mesmo encontro

Ora, em qualquer país sério a sociedade exigiria respostas muito convincentes e, caso não surgissem, o juiz seria afastado de suas funções

Escrito en POLÍTICA el
por Vinicius Wu, do seu Facebook E se o Presidente de um Tribunal Superior se encontrasse, às pressas, com um investigado, em agenda extra-oficial, em plena noite de sábado? E se esse juiz ao ser questionado sobre o motivo do encontro apresentasse três versões diferentes? E se o visitado estivesse envolvido em uma suspeita de conspiração contra a presidente da República, eleita pelo voto da maioria da população, com o objetivo de encerrar investigações sobre um mega escândalo de corrupção?
Ora, em qualquer país sério a sociedade exigiria respostas muito convincentes e, caso não surgissem, o juiz seria afastado de suas funções ou, pelo menos, impedido de se manifestar em matéria de interesse do visitado. Mas, estamos no Brasil, né? E Gilmar Mendes não apenas não precisa explicar pra ninguém o que foi fazer no Palácio do Jaburu na noite de sábado, como pode, ainda, tranquilamente, apresentar três versões diferentes sem que nada ocorra. Um escárnio! É a República da desfaçatez!