Gilmar Mendes já fala em possível anulação de delação que envolve Temer e PSDB

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A manifestação do ministro ocorreu exatamente após a divulgação do depoimento de Cláudio Melo Filho, ex-vice-presidente de Relações Institucionais da Odebrecht, que atingiu em cheio o Palácio do Planalto. Por Redação O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse nesta terça-feira (13) que os ministros do Supremo vão "ter que discutir com seriedade a questão dos vazamentos" de delações premiadas e que há a possibilidade de anular as delações que mencionaram o presidente Michel Temer e a cúpula do PMDB e PSDB. "Isso é muito sério. O vazamento seletivo. O vazamento antes de chegar a autoridade, que no caso é o ministro Teori (Zavascki), que é o relator. São muitos os problemas que precisam ser discutidos. O STF tem de tomar posição sobre isso", disse Gilmar, antes da sessão da 2.ª Turma do Supremo. Gilmar não descartou a possibilidade de que delações vazadas venham a ser anuladas. "Tem de ser examinado. O próprio relator tem de analisar. É possível", disse. Ministros do STF têm demonstrado incômodo com o vazamento dos depoimentos tomados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de investigados na Lava Jato, principalmente, as oitivas mais recentes, que estão relacionadas com a empreiteira Odebrecht e ainda não foram enviadas ao Supremo para homologação. Na semana passada, após a divulgação das primeiras delações, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, informou que vai apurar o vazamento para a imprensa de documento sigiloso que seria relativo à delação premiada de um dos executivos da Odebrecht.