Os governadores de Bahia, Ceará, Pernambuco, Maranhão, Pará, Espírito Santo e Rio de Janeiro declararam na noite desta segunda-feira (11) que vão ignorar o decretado do presidente Jair Bolsonaro que sabota o isolamento necessário para combater o coronavírus.
Mais cedo, Bolsonaro publicou um decreto classificando como atividades essenciais academias, salões de beleza e barbearias, na tentativa de flexibilizar as medidas de distanciamento, a cargo de governadores e prefeitos, conforme decisão do Supremo Tribunal Federal.
Na Bahia, Rui Costa (PT), anunciou que as "medidas restritivas serão mantidas respeitando critérios científicos reconhecidos mundialmente". "A Bahia vai ignorar as novas diretrizes do Governo Federal. Manteremos nosso padrão de trabalho e responsabilidade. O objetivo é salvar vidas. Não iremos nos afastar disso", escreveu o governador, no Twitter.
O governador do Pará, Hélder Barbalho (MDB) e o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), também afirmaram que vão ignorar o decreto de Bolsonaro e seguirão com as suas medidas de restrição.
Paulo Câmara (PSB), governador de Pernambuco disse que "as próximas semanas exigirão restrições ainda mais duras, não é razoável admitir o contrário" e, por isso, "academias, salões, barbearias continuarão fechados".
Camilo Santana (PT), governador do Ceará, foi outro que usou a rede social para declarar que os decretos de Bolsonaro não alteram a situação no estado e que os estabelecimentos continuarão fechados.
No Rio, a assessoria do governador Wilson Witzel (PSC) informou que o estado crê que a decisão do STF dando autonomia para governadores legislarem sobre o tema dá segurança para a manutenção das restrições.
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), criticou a medida do presidente e disse que nada muda pelo menos até dia 20.
João Doria (PSDB), de São Paulo, afirmou que vai avaliar e deve anunciar sua decisão nesta terça-feira (12).