Governo Bolsonaro adia privatização dos Correios

A prioridade no momento seria a venda da Eletrobras

Uma sede dos Correios. Foto: Correios
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Salim Mattar, secretário Especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados do governo Bolsonaro, declarou na tarde desta quarta-feira (19) que os planos de privatização dos Correios terão de ser adiados por conta do "tamanho da empresa".

Incluída no pacote de privatização do ministro da Economia, Paulo Guedes, a estatal é vista como o maior desafio no plano de desmonte estatal promovido pelo governo. O grande número de funcionários seria a maior dificuldade.

"Há um pensamento de que (a privatização) possa ocorrer, mas não em 2020", disse Mattar após reunião do Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (CPPI). Segundo ele, a diretriz foi decidida "pela complexidade e pelo tamanho da empresa".

A bola da vez seria a Eletrobras. "Está tudo correndo para que possamos fazer capitalização da Eletrobras neste ano. Nossa prioridade é Eletrobras", afirmou.

Florestas à venda

O CPPI anunciou nesta quarta-feira (19) que um dos seus objetivos neste ano é a privatização de florestas na Amazônia. O controle de queimadas é uma das justificativas usadas pelo governo para a empreitada.

Petroleiros de braços cruzados

A primeira reunião do CPPI aconteceu em meio a uma das mais longevas greves dos petroleiros da história. A empresa não foi incluída no plano de privatização, mas os trabalhadores da Petrobras denunciam o desmonte da estatal, com venda de subsidiárias e demissões em massa.

Assim como os trabalhadores da petrolífera, os moedeiros e os funcionários da Caixa tem se mobilizado para denunciar a precarização da Casa da Moeda e do banco público - ambos nos planos de Guedes.

Com informações do Uol

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