Governo do Equador concede asilo político a Edward Snowden

Ricardo Patiño, ministro das Relações Exteriores do Equador, afirmou que o ex-consultor da CIA corre "perigo de perseguição" nos Estados Unidos

(Foto: Wikimedia Commons)
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Ricardo Patiño, ministro das Relações Exteriores do Equador, afirmou que o ex-consultor da CIA corre "perigo de perseguição" nos Estados Unidos

Por Renata Giraldi, da Agência Brasil 

[caption id="attachment_26167" align="alignleft" width="300"] Equador confirmou asilo político para Edward Snowden  (Foto: Wikimedia Commons)[/caption]

O ministro das Relações Exteriores do Equador, Ricardo Patiño, confirmou a concessão de asilo ao norte-americano Edward Snowden, ex-agente da Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos (cuja sigla em inglês é NSA). Snowden é acusado pelo governo norte-americano de revelar o monitoramento de comunicações na internet e em chamadas telefônicas.

Patiño disse que o asilo foi concedido porque Snowden corre "perigo de perseguição" nos Estados Unidos. “O homem que tentou dar transparência aos fatos que afetam a todos é perseguido por aqueles que deviam dar explicações aos governos e aos cidadãos”, disse o chanceler.

Snowden enviou carta ao presidente do Equador, Rafael Correa, para pedir asilo. O chanceler leu parte da correspondência, na qual o norte-americano diz que pode ser "preso e executado" sob a acusação de espionagem pelas autoridades dos Estados Unidos.

O norte-americano denunciou que a NSA e a Polícia Federal norte-americana (FBI) tinham acesso aos registros telefônicos. Segundo ele, também havia acesso aos servidores da internet, como Microsoft, Yahoo, Google e Facebook. O programa secreto, com o nome de código Prism, está ativo desde 2007 e permite à NSA ligar-se aos servidores das empresas para consultar informações sobre os utilizadores.

Snowden trabalhava em uma empresa privada subcontratada pela NSA.

*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa