Governo promete proposta, professores das federais continuam greve

Os profissionais não aceitaram pedido do governo de trégua de 20 dias na greve. (Antonio Cruz/ABr)
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Ministério do Planejamento deve entregar primeira proposta de plano de carreira na semana que vem. Por Sarah Fernandes, da Rede Brasil Atual [caption id="attachment_14328" align="alignleft" width="400" caption="Os profissionais não aceitaram pedido do governo de trégua de 20 dias na greve. (Antonio Cruz/ABr)"][/caption]

O governo federal deve entregar uma primeira proposta de plano de carreira para os professores de universidades federais na próxima terça-feira (19), para atender às demandas dos docentes, em greve há 28 dias. A medida foi acertada em reunião realizada ontem (12) entre o secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, e representantes do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes). Os profissionais não aceitaram pedido do governo de trégua de 20 dias na greve.

“Não concordamos em suspender a greve antes de alcançarmos nossas reivindicações porque entendemos que o governo já teve muito tempo para apresentar a proposta”, afirmou a representante do comando de greve Milena Martinez, professora da Universidade Federal do Paraná. “Primeiro queremos ter a proposta, que será avaliada pelas assembléias em todo país, para depois repensarmos a greve.”

O Ministério do Planejamento informou, por meio da assessoria de imprensa, que se propõe a dar continuidade as negociações e que em julho deve apresentar uma proposta de plano de carreira mais sólida, a partir das demandas geradas com a entrega da primeira proposta, na próxima semana.

“O movimento vem ganhando muita força porque é fundamental ter uma carreira estruturada e melhores condições de trabalho para garantir a qualidade da educação”, avalia Milena. “Houve um processo de expansão do ensino superior, porém sem assegurar contrapartidas como novas contratações e cursos de especialização para os professores. Esperamos que o governo apresente uma proposta que vá de encontro as nossas reivindicações.”