Grupo protesta em frente à casa de Haddad

Cerca de 80 pessoas protestaram pacificamente contra o aumento da tarifa de ônibus

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Cerca de 80 pessoas protestaram pacificamente contra o aumento da tarifa de ônibus 

Por Felipe Rousselet

[caption id="attachment_25068" align="alignleft" width="300"] Protesto durou cerca de uma hora e foi pacífico (Foto: Felipe Rousselet)[/caption]

Na noite desta terça-feira, 18, um grupo de aproximadamente 80 pessoas, que participava do protesto contra o aumento das tarifas de transporte público na Avenida Paulista, se dirigiu até a casa do prefeito Fernando Haddad (PT), no bairro Paraíso, para protestar.

O grupo gritava palavras de ordem contra o prefeito como “Se a passagem não baixar, São Paulo vai parar” e “Ei Haddad, paga meu busão”. O manifestante Bruno Henrique, 19 anos, explicou a importância de protestar em frente à casa do prefeito da capital paulista.

“Tenho uma esposa, uma filha, uma família. Estamos aqui não só por 20 centavos. Pessoas como o Haddad não querem saber de nada. Só do dinheiro no bolso. O povo que se foda. Enquanto tem gente se iludindo com televisão, a gente está aqui tentando consertar o país.” Apesar de não acreditar na disposição de Haddad para o diálogo, Bruno acredita que a dimensão das manifestações irá fazer com que o prefeito revogue o aumento da tarifa de ônibus. “Acho que ele vai rever sim. É muita gente contra ele”.

Além do grupo de manifestantes que saiu da Avenida Paulista, o protesto em frente à casa do prefeito ganhou o reforço de alguns moradores de prédios vizinhos. “Acho que se tem uma manifestação pacífica, por um direito que é do povo, a gente tem que se posicionar. Acredito que o povo acordou. A questão não são os 20 centavos, a questão é ser um aumento que reflete uma inflação que não foi criada pelo povo”, afirmou Marise De Lucca, 53 anos, moradora de um prédio vizinho ao do prefeito.

“Há muito tempo o povo brasileiro é roubado na cara dura e eles ainda querem aumentar passagem de ônibus. Os 20 centavos são só um símbolo pra tudo o que estamos engolindo há muito tempo. O movimento Passe Livre acontece, mas tem vários outros movimentos inclusos, fora a galera que vêm simplesmente para protestar”, analisou o estudante de teatro Erick Dias, 19 anos, que também protestava em frente ao prédio do prefeito.

O protesto durou cerca de uma hora. A Polícia Militar fechou a rua para o trânsito e não foi registrado nenhum conflito. “Eu vou embora, mas não desisti. Amanhã eu voltou aqui”, cantava uma grupo de manifestantes enquanto deixavam a rua do prefeito.