Guarda costeira grega deixa 12 refugiados morrerem afogados

9 crianças e 3 mulheres morreram afogados no mar Egeu, quando o barco em que se transportavam afundou

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Entre eles estavam 9 crianças e 3 mulheres. A guarda costeira grega perseguiu o barco com os refugiados e, quando este afundou, não prestou socorro aos náufragos Por Esquerda.net [caption id="" align="alignleft" width="400"] Em lágrimas, Fada Mohammad Ahmadi (um dos refugiados), declarou na conferência de imprensa: “Perdi a minha mulher, a minha filha e os meus dois filhos. Eles foram intencionalmente lançados à água”
(Fonte Esquerda.net)[/caption] Um barco de pesca com 28 refugiados, 25 afegãos e 3 sírios, que vindo da Turquia pretendia entrar na Grécia foi abordado pela guarda costeira grega, que tentou rebocar a embarcação a alta velocidade para águas territoriais turcas. Entretanto o barco que transportava os refugiados começou a encher de água e virou-se. Enquanto os refugiados tentavam salvar-se, a guarda costeira não prestou ajuda aos náufragos, não lhes forneceu coletes de salvação, e disparou até para o ar, para impedir que os náufragos fossem para o navio grego. 12 pessoas morreram, 9 crianças e três mulheres. A tragédia aconteceu às primeiras horas da segunda-feira, 20 de janeiro, e foi denunciada na passada quinta-feira, 23 de janeiro, em conferência de imprensa na praça Syntagma em Atenas. Estiveram presentes na conferência de imprensa os 16 sobreviventes, organizações anti-racistas, a rede social de apoio aos refugiados e imigrantes, representantes do Alto comissariado das Nações Unidas para os refugiados e deputados do partido grego Syriza. Um dos refugiados, Fada Mohammad Ahmadi (na imagem), em lágrimas, declarou na conferência de imprensa: “Perdi a minha mulher, a minha filha e os meus dois filhos. Eles foram intencionalmente lançados à água” O Syriza exige que o governo grego pare imediatamente de rebocar os barcos com refugiados para águas territoriais turcas e uma investigação independente. Panos Skourleti do Syriza exigiu a demissão do ministro grego e Alexis Tsipras apelou à União Europeia a que "revejao acordo Dublin II, que converte os países do sul da Europa em armazéns de almas e o Mediterrâneo numa sepultura de água". Desde a construção de um muro de arame farpado na fronteira terrestre entre a Turquia e a Grécia, em 2012/2013, já morreram 150 refugiados afogados. É conhecido que o chefe da polícia da Grécia defende a estratégia de "tornar a vida insuportável" aos imigrantes e as fileiras das forças policiais e de segurança grega estão fortemente infiltrados por membros neonazis do partido “Aurora Dourada”.