Haddad alerta que agora falta STF declarar suspeição de Sérgio Moro

Ex-ministro evitou comemorar julgamento do STF desta quinta e cobrou que o processo conduzido pelo ex-juiz seja anulado

Foto: Eduardo Matysiak
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O ex-ministro Fernando Haddad usou as redes sociais nesta quinta-feira (7) para citar decisões do STF que interromperam abusos cometidos pela Lava Jato e cobrou que os ministros da corte acatem habeas corpus que aponta suspeição do ex-juiz federal Sérgio Moro por parcialidade no julgamento contra o ex-presidente Lula. O petista evitou comemorar o julgamento desta quinta, que proíbe execução antecipada de pena antes de trânsito em julgado. "O STF já declarou que: 1) a condução coercitiva de Lula foi ilegal; 2) o vazamento das conversas com a Dilma foi ilegal; 3) o impedimento de que Lula tomasse posse como ministro foi manipulado. Falta declarar: 4) a suspeição de Moro por parcialidade", declarou o candidato do PT à presidência em 2018. Apesar da decisão do STF declarar inconstitucionalidade das prisões em segunda instância, Haddad cobra que a corte acate o argumento da defesa que pede suspeição de Moro por parcialidade no caso do Triplex. Decisão do STF O ex-presidente é um dos possíveis beneficiários da decisão do STF, tendo em vista que o processo do triplex do Guarujá não foi transitado em julgado. Lula foi condenado pelo ex-juiz federal Sérgio Moro, em julho de 2017, e foi preso em abril de 2018, após o TRF-4 chancelar a decisão de Moro. Apesar de ter passado pela 5ª turma do STJ, o processo ainda não foi finalizado e a defesa ainda pode recorrer. A defesa de Lula já afirmou que vai entrar com pedido para soltura imediata de Lula. “Após conversa com Lula nesta sexta-feira levaremos ao juízo da execução um pedido para que haja sua imediata soltura com base no resultado desse julgamento do STF, além de reiterarmos o pedido para que a Suprema Corte julgue os habeas corpus que objetivam a declaração da nulidade de todo o processo que o levou à prisão em virtude da suspeição do ex-juiz Sergio Moro e dos procuradores da Lava Jato, dentre inúmeras outras ilegalidades”, dizem os advogados em nota.

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