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O ex-ministro Fernando Haddad foi às redes nesta terça-feira (4) defender a cineasta Petra Costa, diretor do documentário "Democracia em Vertigem" - que concorre ao Oscar -, após a onda de ataques que ela sofreu na segunda-feira. Até mesmo a Secretaria de Comunicação (Secom) do Governo Federal chegou a postar um vídeo chamando Costa de "anti-brasil".
"Fazia muito tempo que eu não via alguém incomodar tanto o establishment global. Parabéns Petra!!#DemocraciaEmVertigem!!", publicou no Twitter o candidato do PT nas eleições presidenciais de 2018.
A ex-presidenta Dilma Rousseff e artistas como Daniela Mercury, Chico Buarque e Caetano Veloso também usaram as redes para repudiar a atuação da Secom. “O insulto mais grave da Secom a Petra Costa foi acusá-la de militante anti-Brasil no exterior. Isto é não só mentira, como também uma inversão absoluta da realidade. Não há em nosso país ninguém mais anti-Brasil e mais pernicioso à nossa imagem no exterior do que Bolsonaro”, escreveu Dilma.
O vídeo publicado pelo órgão do governo veio como resposta a uma entrevista concedida por Petra ao jornalista Hari Sreenivasan, no programa Amanpour & Company, da rede PBS. A secretaria distorce algumas das declarações de Costa e coloca uma tarja escrito “Fake News” mesmo em trechos em que ela expressa uma opinião, e não uma informação “jornalística”.
O deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, no entanto, defendeu a secretaria. "A imagem não só do presidente mas de todo o Brasil está sendo queimada no exterior e isso traz prejuízos reais a todos os brasileiros. Se não é papel da Secom reverter as merdas que estes irresponsáveis vem fazendo, então não sei qual é", tuitou.
https://twitter.com/Haddad_Fernando/status/1224662305893384192
https://twitter.com/BolsonaroSP/status/1224727037765615617